Presidente da AES Brasil (AESB3), Clarissa Sadock renuncia ao cargo e vai para a Vibra (VBBR3)

O conselho de administração da AES Brasil (AESB3) comunicou nesta terça-feira, 30, que recebeu a carta de renúncia da diretora-presidente da companhia, Clarissa Della Nina Sadock Accorsi, por motivos pessoais, com efeito a partir do dia 30 de junho próximo.

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Segundo comunicado da companhia, o conselho de administração iniciou o processo de sucessão. Durante esse período, Rogério Pereira Jorge, atual vice-presidente comercial, acumulará suas funções com as de diretor-presidente., no lugar da CEO Clarissa Della Nina Sadock

Ex-CEO vai para a Vibra (VBBR3)

A Vibra (VBBR3) anunciou nesta terça-feira, 30, ao mercado que promoveu uma reestruturação organizacional, criando duas novas vice-presidências e nomeando Augusto Ribeiro como vice-presidente executivo de Finanças, Compras e RI, com prazo de gestão de dois anos, a partir de 3 de julho de 2023.

Para a nova vice-presidência de Energia Renovável e ESG, foi escolhida Clarissa Sadock. Já para nova vice-presidência de Gente e Tecnologia, foi nomeado Aspen Andersen.

Sadock renunciou nesta terça-feira à presidência da AES Brasil.

“Ao criar essa vice-presidência (Energia Renovável e ESG), a Vibra entende que estará reforçando o foco necessário à consolidação dos seus negócios em energias renováveis, acelerando a captura de sinergias e a integração da companhia com as diversas joint ventures estabelecidas recentemente, visando materializar a estratégia de posicionamento frente aos desafios da transição energética e exigências crescentes dos padrões de ESG”, diz o documento da empresa.

AES Brasil tem lucro líquido de R$ 60,4 mi no 1T23, queda de 14,9% na comparação anual

A geradora de energia AES Brasil registrou lucro líquido de R$ 60,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a uma queda de 14,9% ante os R$ 70,9 milhões anotados no mesmo período de 2022. Pelo critério ajustado, que leva em consideração fatores como a manutenção bianual das eclusas e fechamento de preço de compra do Complexo Guaimbê no início do ano passado, e as reversões de contingências e baixa de ativos decorrente da venda da Inova no atual trimestre, o resultado somou R$ 67,7 milhões, mantendo a variação em uma baixa próxima de 15%.

resultado da AES Brasil foi impacto pelo aumento das despesas financeiras, em função do maior endividamento da companhia, que passa por um momento de fortes investimentos para colocar em operação novos projetos de geração. Entre janeiro e março, a empresa registrou uma despesa financeira líquida de R$ 144,8 milhões, 52,4% maior que o realizado no primeiro trimestre de 2022.

“Isso ocorreu porque tivemos uma estratégia de caixa em que tomamos dívidas para que tivéssemos garantia de caixa para fazer os investimentos e não correr o risco de não ter recursos para concluir as obras de Tucano e Cajuína”, explicou o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da AES Brasil, Alessandro Gregori.

O executivo lembrou que o cenário no mercado financeiro de baixa liquidez e alto custo da dívida da AES Brasil fizeram com que a companhia optasse pela captação de dívidas mais curtas, com duração de dois anos, esperando um melhor momento para retomar as emissões mais longas.

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Aumento do endividamento com projetos em fase de construção

Salientou, no entanto, “que a queda do lucro é conjuntural, uma vez que teve aumento do endividamento, enquanto os projetos ainda estão em fase de construção, portanto não geram receita”. Mas salientou que os complexos já estão com grande parte de suas turbinas montadas, com perspectiva de comissionamento nos próximos meses, quando então passarão a gerar caixa.

Do ponto de vista operacional, a empresa registrou bom desempenho. O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda da AES Brasil) somou R$ 398,3 milhões, alta de 32,5% ante igual etapa do ano passado. O indicador ajustado aumentou 30,6%, para R$ 409,3 milhões. A margem Ebitda ajustado saltou 5,8 pontos porcentuais, para 52,1%.

Nos três primeiros meses de 2023, a receita operacional líquida da AES Brasil somou R$ 786,3 milhões, alta de 16,2%, enquanto a Margem Liquida, correspondente à receita menos o custo com energia, somou R$ 559,8 milhões, alta de 29,7%, beneficiada pela redução de 7,7% com as compras de energia.

Conforme destacou Gregori, houve evolução positiva nas margens em todos os segmentos de atuação da companhia. Na fonte eólica, a margem cresceu 107,8 milhões, reflexo da alta de 136,5% na geração, para 964,9 GWh, em função do aumento da disponibilidade dos parques e dos ventos médios, em relação ao ano passado, além do maior número de ativos em operação, após aquisição da Cubico e do início de operação das primeiras turbinas do complexo Tucano.

No segmento hidrelétrico, a alta na margem foi de R$ 10,8 milhões, beneficiada pela redução das compras, associada a um crescimento de 29,2% na geração bruta de energia, para 3.456 gigawatts-hora (GWh), em função da melhor hidrologia. Na fonte solar, embora tenha havido redução da geração de 5,7%, para 144,9 GWh, por conta da pior irradiância nos parques da companhia, a margem líquida R$ 1,7 milhão cresceu em decorrência do reajuste dos preços do contrato.

Destaque, ainda, para contribuição do segmento de comercialização da AES Brasil, após o início da atividade da comercializadora, no segundo semestre do ano passado, e que resultou em uma adição de R$ 8,5 milhões à margem líquida da comercializadora.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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