Itaú prevê redução da Selic para 4,5% em 2019 e 4% em 2020

O Itaú Unibanco revisou nesta segunda-feira (14) sua previsão para a taxa Selic, em 2019 e 2020. De acordo com a instituição financeira, a taxa básica de juros encerrará este ano a 4,5%.

Para 2020, o Itaú prevê que o Banco Central (BC) realize dois cortes de 0,50 ponto percentual na taxa de juros brasileira. Dessa forma, a Selic encerrará em 4% no próximo ano.

“Passamos a esperar que o Comitê de Política Monetária (Copom) estenda o ciclo de corte de juros para além do nível de 5%. Em adição ao corte de 0,50 ponto projetado para a reunião dos dias 29 e 30 de outubro, acreditamos que o comitê realizará mais um movimento de mesma magnitude em dezembro”, informou o banco.

A instituição financeira apontou a menor volatilidade do câmbio e os índices inflacionários bem ancorados como principais fatores para a revisão. Além disso, para garantir a recuperação da economia, o banco avaliou que é necessário um estímulo monetário adicional, considerando a queda dos juros.

Inflação no Brasil

Ao comentar a inflação no País, o banco ressaltou que as novas leituras do IPCA estão mais baixas do que o esperado.

Segundo os economistas, os indicadores da atividade econômica estão apresentando sinais de recuperação consistentes. Contudo, por conta da ‘capacidade ociosa elevada’, os indicadores de atividade ainda não refletem fortemente no índice inflacionário.

Leia também: Selic: Bradesco ajusta previsão da taxa a 4,5% no final de 2019

“Melhoras nesse fronte ainda não representam risco relevante de pressão inflacionária no horizonte relevante de política monetária”, comentou o banco.

Previsão do Itaú para o PIB

O Itaú revisou também a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. De acordo com o banco, a economia brasileira deverá crescer 1%. A previsão anterior era de 0,8%.

O banco informou que o consumo gerado por meio dos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve impulsionar o crescimento econômico do terceiro trimestre deste ano para 0,7%.

“A melhora dos dados de atividade é boa notícia, mas ainda é cedo para afirmar que o crescimento já esteja se acelerando de forma consistente”, informou a instituição financeira.

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Para 2020, o crescimento da economia brasileiro foi revisto de 1,7% para 2,2%. O banco afirmou que a alta foi motivada “devido à expectativa de estímulo monetário adicional”. A explicação indica que a nova previsão para a Selic do Itaú também motivou uma nova estimativa para o PIB.

Giovanna Oliveira

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