Eletrobras (ELET3) contrata empresas para políticas públicas que impactam negócios; entenda

A Eletrobras (ELET3) comunicou ao mercado que realizou a contratação das empresas Saver Assessoria e Consultoria Ltda. e da Vale Soluções e Consultoria Ltda.. De acordo com as informações arquivadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as empresas trabalham na assessoria e consultoria de temas relacionados a políticas públicas com impacto nas empresas do grupo.

“As contratações na Eletrobras passam por uma série de avaliações e aprovações previstas nos
normativos internos de governança da empresa. Para contratações que envolvem pessoas
politicamente expostas, há procedimentos adicionais de monitoramento e controle pelas áreas
contratantes, compliance e auditoria”, detalhou a empresa no material disponibilizado na CVM na sexta (26).

A empresa divulgou esse contrato após uma reportagem da revista Crusoé. Segundo a publicação, essas consultorias pertencem a dois ex-parlamentares que ajudaram no processo de privatização da Eletrobras.

A Saver pertence ao ex-deputado José Carlos Aleluia (União Brasil – BA), relator do projeto da primeira tentativa de privatização da companhia, em 2018. Esse contrato foi de R$ 480 mil. Enquanto isso, a Vale Soluções e Consultoria fechou um contrato de R$ 660 mil e tem, como único sócio, o ex-senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

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Haddad: privatização da Eletrobras foi “mal feita”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na sexta (26) que os questionamentos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à privatização da Eletrobras representam uma decisão do governo como um todo, não cabendo a ele criticar ou elogiar.

Em entrevista à GloboNews, o ministro, porém, mais uma vez considerou que a privatização foi mal feita, porque “desarrumou um pouco as coisas” do marco regulatório do setor elétrico. “Acho que a privatização da Eletrobras foi mal feita. Disse isso quando foi aprovada”, declarou o ministro da Fazenda.

A Eletrobras, sustentou, tem peso no modelo energético brasileiro, inclusive no preço da tarifa, o que leva à reflexão sobre a venda. Questionado sobre se ele, particularmente, apoia a tentativa de reverter a privatização da companhia elétrica, Haddad respondeu que, depois que decisões são tomadas, as opiniões pessoais não devem ser expostas.

O ministro pontuou, no entanto, que os questionamentos à privatização da Eletrobras resultam da insatisfação pelo que foi feito com o patrimônio público. “Defendemos a posição do governo no caso Eletrobras, mesmo sabendo que Congresso e Judiciário podem ter outras”, concluiu Haddad.

Com informações de Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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