Softbank estuda assumir o controle da WeWork por meio de novo financiamento

O Softbank está providenciando um novo financiamento que pode levar ao controle da WeWork. Dessa forma, em troca de aliviar o caixa da empresa, o fundador da startup, Adam Neumann, seria afastado definitivamente, segundo fontes ligadas ao assunto.

Caso as companhias entrem em acordo, parte do poder de voto de Neumann passaria definitivamente para o Softbank. O fundo de investimentos japonês teria um papel maior nas decisões operacionais da WeWork.

A WeWork está buscando outra forma de conseguir um financiamento, após a sua controladora, We Co., cancelar sua oferta pública inicial de ações (IPO). O Softbank poderia ser a saída neste caso.

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Entretanto, o conselho da WeWork também está em negociações com o banco norte-americano J.P. Morgan para refinanciar suas dívidas. O objetivo é levantar mais alguns bilhões de dólares, de acordo com o jornal estadunidense “The Wall Street Journal”.

“A WeWork contratou uma importante instituição financeira de Wall Street para providenciar um financiamento”, disse um porta-voz da startup. “Aproximadamente 60 fontes de financiamento assinaram acordos de confidencialidade e estão se reunindo com a administração da empresa e seus banqueiros durante a semana passada e a próxima semana”.

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Além disso, segundo fontes, o SoftBank, que já detém mais de 30% da WeWork, pretende investir bilhões de dólares em novas ações e dívidas. No entanto, tratam-se apenas de rumores, e por enquanto não há nenhuma garantia de que a negociação termine dessa forma.

WeWork é o maior sintoma dos unicórnios norte-americanos

Cada vez mais queimando caixa, afastando o interesse de investidores, a WeWork mostra-se o grande exemplo do excesso de startups nos Estados Unidos. O modelo de negócios da empresa levanta a contestação sobre a prática do Vale do Silício de ignorar a inexistência do lucro, com uma administração questionável, na promessa de ganhos futuros.

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No início deste ano, a companhia nova-iorquina foi avaliada em US$ 47 bilhões. A intenção era abrir seu capital antes de que mais prejuízos viesse à tona, além de novos escândalos com o seu criador.

Desde então, o seu valuation caiu para US$ 20 bilhões e Neumann renunciou à presidência-executiva sob pressão.

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Embora não seja possível calcular a quantidade exata de uma potencial captação na bolsa pela WeWork, executivos da empresa fundada em 2010 dizem ser necessários US$ 3 bilhões até o ano que vem. Caso o novo acordo com o Softbank entre em vigor, o valor pago pelo grupo investidor seria proporcionalmente menor do que o aplicado no início do ano, fazendo com que o valor de mercado da startup fique abaixo de US$ 10 bilhões.

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Além disso, segundo fontes, parte do novo aporte do Softbank na WeWork serviria para quitar empréstimos bancários pessoais do antigo CEO, que já somam vários milhões de dólares.

Jader Lazarini

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