Ibovespa fecha em alta com anúncio de trégua na guerra comercial
O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (11) em alta após o anúncio de um acordo provisório entre EUA e China. Os mercados reagiram com otimismo a essa possível resolução para a guerra comercial.
O principal índice da bolsa de valores de São Paulo (B3) seguiu o andamento positivo das bolsas internacionais. Com isso, o Ibovespa fechou com uma alta de 1,98%, em 103.831 pontos.
Também contribuíram para o fechamento positivo do Ibovespa as informações sobre o volume de recursos recorde levantado por empresas brasileiras em 2019.
Acordo provisório da guerra comercial
A principal notícia positiva para os mercado foi que os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo parcial sobre a guerra comercial nesta sexta. O entendimento entre as duas maiores economias do mundo estabelece as bases para um acordo mais amplo.
No acordo, a China teria aceitado concessões agrícolas para os produtos norte-americanos. Em troca, os EUA amenizariam a alta das tarifas alfandegárias prevista para ocorrer na próxima semana. Uma escalada que poderia levar a guerra comercial para outro patamar.
O acordo entre China e EUA é apenas provisório, e está sujeito a alterações. Entretanto, é um sina positivo que chega poucas horas antes do aguardado encontro entre o presidente Donald Trump e o vice-primeiro ministro chinês, Liu He.
Saiba mais: Guerra comercial: EUA e China negociam acordo cambial
O político é o principal negociador do gigante asiático. Ele encontrará o mandatário norte-americano na Casa Branca.
Empresas brasileiras levantam recursos recorde em 2019
As empresas brasileiras levantaram um volume de recursos na Bolsa de Valores em 2019 como nunca antes. Além disso, também impulsionadas pela taxa básica de juros (Selic) na mínima histórica, além do avanço das pautas macroeconômicas, o volume de fusões e aquisições caiu.
As companhias brasileiras levantaram aproximadamente U$ 17,1 bilhões (cerca de R$ 70,18 bilhões) em 34 transações nos primeiros nove meses deste ano, quase o triplo de 2018 inteiro. O resultado parcial deste ano já é maior que todos os anos desde 2010. Desconsiderando a capitalização da Petrobras (PETR3; PETR4) em 2007, esse resultado também é maior que aquele ano na Bolsa de Valores.
Saiba mais: Banco Central autoriza banco chinês a ter 100% de capital estrangeiro
Já as fusões e aquisições caíram 20%, chegando a US$ 31 bilhões (R$ 127,22 bilhões) negociados. Isso se deu devido à competição com os mercados de capitais líquidos, oferecendo mais oportunidades às empresas e seus investidores em casos de vendas de ativos. A recuperação lenta da economia nacional também impactou os negócios.
Banco Central autoriza banco chinês no Brasil
A primeira autorização para a participação estrangeira em um banco foi concedida nesta sexta-feira (11) pelo Banco Central (BC). O Banco XCMG Brasil, de propriedade chinesa, será o primeiro a poder operar no Brasil.
A diretoria colegiada do Banco Central aprovou o reconhecimento de interesse do governo brasileiro a participação estrangeira no capital
do Banco XCMG Brasil.
Esse foi o primeiro caso de autorização de participação estrangeira após a edição do Decreto nº 10.029. O text transferiu da Presidência da República para o Banco Central esse tipo de análise.
Saiba mais: Banco Central poderá autorizar a entrada de capital estrangeiro nos bancos
“Atendidos os requisitos previstos na regulamentação, a participação de recursos estrangeiros no capital de instituições financeiras nacionais, além de favorecer o acesso a fontes externas de financiamento e a integração com a comunidade internacional, permite o ingresso de novos entrantes, ampliando a concorrência e atuando no sentido da redução do custo do crédito”, informou o BC em nota.
O Banco XCMG está sendo criado pelo grupo chinês Xuzhou Construction Machinery Group. A empresa asiática atua na fabricação de máquinas pesadas.
A sede do banco será em Pouso Alegre (MG) e seu capital inicial de R$ 60 milhões. Segundo os documentos enviados ao Banco Central, o Banco XCMG quer a autorização para operar carteiras de
- investimento
- financiamento
- crédito
- arrendamento mercantil
LOG anuncia oferta primária de ações
A LOG (LOGG3) anunciou nesta sexta-feira (11) uma oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias. Em fato relevante, a empresa informou que seu Conselho de Administração autorizou a distribuição de 21 milhões de papeis.
Saiba mais: LOG anuncia oferta pública primária de ações
Segundo o comunicado da LOG, as ações terão uma oferta restrita a investidores profissionais. A distribuição será feita na base da resolução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Além dos 21 milhões de ações, a empresa poderá também colocar outras 7.350.000 ações adicionais. Não será admitida uma distribuição parcial. Por isso, cado não haja demanda para o lote inicial a oferta será cancelada.
Os bancos coordenadores da oferta serão:
- BGT Pactual (líder)
- Bradesco
- Itaú
- XP Investimentos
No fato relevante, a LOG informou também que vai colocar simultaneamente ações no exterior.
O preço por ação será definido somente no dia 22 de outubro. Entretanto, a cotação dos papeis da LOG na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) na última quinta-feira (11) foi de R$ 23,80.
Por isso, o valor total da emissão das ações poderia variar entre R$ 500 milhões e R$ 675 milhões, dependendo da colocação de ações adicionais.
A medida aumentará a liquidez da empresa, ou seja, a velocidade de converter os ativos em caixa. Atualmente, são negociados R$ 4 milhões por dia por meio dos papéis da construtura. O valor atual é considerado baixo e faz com que alguns investidores não se posicionem na companhia.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, quinta-feira (10), o Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,56% a 101.817,133 pontos.