Emissões de ações podem movimentar R$ 30 bilhões até o final do ano, diz jornal

Os últimos três meses do ano deverão ser movimentados na Bolsa de Valores, pelo menos quanto às emissões de ações aguardadas para o período.

Segundo os bancos de investimento, as ofertas subsequentes de ações ou ofertas públicas inicias (IPO) devem levantar aproximadamente R$ 30 bilhões até o final deste ano.

As informações são da Coluna do Broadcast, do “O Estado de S.Paulo”. O jornal, ainda, disse que o montante não considera a venda das ações em posso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na última quinta-feira (10), a Vivara (VIVA3) estreou na B3. O IPO da companhia movimentou R$ 2,3 bilhões, sendo que aproximadamente R$ 455 milhões foram injetados no caixa da empresa. Ainda estão previstos para 2019 os IPOs do banco BMG e da varejista do segmento de vestuário C&A.

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Segundo a publicação, somente o BNDES possui participação em companhias que seriam responsáveis por grande parte desse volume, como nos casos de Petrobras (PETR3;PETR4), Vale (VALE3), Suzano (SUZB3), desconsiderando outras empresas menos líquidas na bolsa.

Dessa forma, caso o banco também venda seus papéis, em um processo de desinvestimentos, com a Caixa Econômica Federal já fez, o volume gerado com as operações no último trimestre do ano pode ser ainda a maior.

Ações impulsionam maior volume de recursos na bolsa desde 2010

As empresas brasileiras levantaram um volume de recursos na Bolsa de Valores em 2019 como nunca antes. Enquanto isso, também impulsionadas pela taxa básica de juros (Selic) na mínima histórica, além do avanço das pautas macroeconômicas, o volume de fusões e aquisições caiu.

As companhias brasileiras levantaram aproximadamente U$ 17,1 bilhões (cerca de R$ 70,18 bilhões) em 34 transações nos primeiros nove meses deste ano, quase o triplo de 2018 inteiro.

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“As privatizações e vendas de ativos por parte do governo brasileiro devem continuar representando grande parte dos negócios, tanto em fusões e aquisições quanto em ofertas de ações”, explicou Roderick Greenlees, chefe internacional da área de banco de investimento do Itaú BBA.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, vem liderando uma grande agenda de privatizações e já superou a meta de vendas para este ano, atingindo US$ 23,5 bilhões (R$ 96,44 bilhões).

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Com a Selic na mínima histórica de 5,5% ao ano, investidores brasileiros estão migrando da renda fixa para investimentos em ações. A entrada líquida de recursos para fundos multimercado e de ações, através da Bolsa de Valores, este ano, chegou a US$ 21,8 bilhões (R$ 89,47 bilhões) em agosto, já superando todo o ano passado.

Jader Lazarini

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