BNDES: Ministério da Justiça vai investigar denúncias de golpe contra o banco
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) irá investigar 1.547 denúncias de golpes envolvendo o nome do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, entregou nessa quinta-feira (18) as denúncias, recebidas pela ouvidoria do banco em 2022, ao ministro da Justiça, Flávio Dino.
As denúncias mostram que estelionatários estariam intermediando negócios usando o nome do BNDES de forma irregular. Dino informou irá acionar a Polícia Federal para investigar os casos.
Mercadante relatou que algumas das mensagens recebidas trazem endereços, telefones e números de contas bancárias, que podem apoiar na identificação dos suspeitos.
De acordo com o BNDES, 94% das denúncias recebidas contra o banco, no ano passado, tratavam desse tipo de golpe. Do primeiro semestre de 2015 a 31 de dezembro de 2022, as denúncias de intermediação irregular de terceiros representaram 78,57% do total.
O presidente do banco alerta que o BNDES não faz operações por meio de pessoas físicas. Em caso de dúvidas, o cidadão pode entrar em contato pelo telefone 0800 702 6337.
BNDES: Lucro encolhe 28%, para R$ 1,67 bilhão
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ou BNDES, apurou lucro líquido recorrente de R$ 1,67 bilhão no primeiro trimestre de 2023, conforme divulgado nesta terça-feira (16). Com isso, o lucro apresenta queda de 28,4% no comparativo com igual etapa do ano anterior.
Trata-se do primeiro resultado trimestral divulgado pelo BNDES durante a nova gestão do Governo Federal.
O resultado desconta, entre os principais eventos não recorrentes, R$ 2,3 bilhões em dividendos referentes à participação do banco na Petrobras, montante registrado como resultado atípico porque o BNDES entende que pode não ser repetido.
Em valor contábil, que inclui eventos não recorrentes, o lucro do BNDES no primeiro trimestre foi de R$ 4 bilhões, abaixo dos R$ 12,9 bilhões de um ano antes.
O lucro líquido recorrente reflete a redução das intermediações financeiras, que somaram R$ 2,26 bilhões, queda de 54,4% em um ano.
O resultado foi comprometido pelo menor saldo médio de Tesouraria, em virtude das antecipações de dívida com o Tesouro Nacional no último trimestre do ano passado.
Inadimplência do BNDES é de 0,06%
Os desembolsos do BNDES no primeiro trimestre chegaram a R$ 19,1 bilhões no trimestre, um aumento de 29,1% em relação a igual período de 2022. A carteira de crédito expandida do banco de fomento fechou março em R$ 479 bilhões, 8,15% acima do mesmo período de 2022.
Segundo o BNDES, a inadimplência até 90 dias se manteve baixa, em 0,06% no primeiro trimestre deste ano, menos do que o índice de 0,13% medido em dezembro.
Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil