Americanas (AMER3) é sondada para vender fintech Ame; operação entra no radar

Durante o processo de recuperação judicial da Americanas (AMER3), a varejista foi sondada por empresas para vender a fintech Ame, um dos principais ativos do grupo. Na quinta (18), a companhia afirmou ao mercado que estudará essa proposta e detalhou o que fará caso decida vender essa operação.

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“A companhia comunica também que vem sendo abordada de forma não solicitada por partes potencialmente interessadas nas operações da Ame e que, nesse momento, tomou a decisão de iniciar um processo de avaliação de alternativas estratégicas para o negócio, que pode envolver contatos preliminares com os potenciais interessados”, disse Camille Loyo Faria, diretora financeira e de relações com investidores da Americanas.

No comunicado arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a executiva confirmou que, na próxima semana, a empresa começará a busca por interessados na operação do hortifruti Natural da Terra (HNT), processo batizado de market sounding. Essa informação havia sido antecipada pelo Valor Econômico.

“Até o momento nenhuma decisão estratégica foi tomada sobre Ame, mas, caso a Americanas venha a perseguir algum tipo de desinvestimento ou parceria, organizará também um processo de market sounding nos moldes do que vem fazendo sobre Grupo Uni.Co e HNT”, reforçou a empresa.

No caso do Natural da Terra, a empresa contratou o Citi para assessorar essa operação: “Potenciais interessados podem entrar em contato com os responsáveis pelo processo por meio do endereço de e-mail projectred2023.latam@citi.com”. Além dessa movimentação, a empresa busca interessados no Grupo Uni.Co, dono de marcas como a Imaginarium.

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Crise na Americanas

A varejista está em recuperação judicial com débitos que ultrapassam a casa dos R$ 40 bilhões. A crise contábil na Americanas explodiu no começo do ano, quando Sérgio Rial, então CEO da varejista, revelou ter encontrado inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões.

Em uma audiência no Senado Federal, o atual CEO da varejista, Leonardo Coelho Pereira, disse que o plano de recuperação judicial da Americanas é “muito melhor” que o de outras empresas do varejo que já passaram por situação parecida.

Na quarta (17), a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Procurada pelo Suno Notícias sobre esse tema em abril, a varejista disse estar à disposição das autoridades para responder questionamentos sobre o tema. Confira o posicionamento na íntegra:

A Americanas está sempre à disposição para responder a quaisquer questionamentos, sendo a maior interessada no esclarecimento dos fatos. A companhia reforça que, desde o Fato Relevante publicado em 11 de janeiro de 2023, várias medidas foram implementadas, incluindo a instauração de um comitê independente para apurar as circunstâncias que levaram ao fato e o afastamento dos diretores estatutários.

Americanas está ainda colaborando com todas as investigações que têm sido realizadas, tanto pela Comissão de Valores Mobiliários como outras autoridades e órgãos competentes e segue com seu compromisso de manter o mercado informado a respeito dos desdobramentos do caso relatado

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Erick Matheus Nery

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