Rentabilidade bancária contraria previsão do Banco Central e continua crescendo
Conforme o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Banco Central, a rentabilidade dos bancos seguiu crescendo no primeiro semestre deste ano.
A expectativa do Banco Central (BC), no entanto, era de que fosse apresentada uma estabilização do crescimento da rentabilidade do segmento.
Segundo o relatório, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) as companhias do setor bancário alcançou 15,8% em junho deste ano, aumento de 1,1% em relação a dezembro de 2018.
Segundo o BC, a melhora foi puxada pela recuperação gradativo no crescimento da carteira de crédito mix de forma mais rentável e pela melhora na eficiência operacional dos bancos estatais.
Além disso, o resultado também foi impactado pela progressiva retomada do crescimento da carteira de crédito, com maior crédito à disposição das famílias e pequenas e médias empresas do País.
Confira: IGP-M apresenta inflação de 0,68% na primeira prévia de outubro, diz FGV
O BC, ainda, destacou que há “leve arrefecimento” dessa tendência, uma vez que o “esgotamento da redução das despesas de provisão e da expectativa de retração dos ganhos de eficiência operacional”, estimando que esse panorama pode mudar mais à frente.
No comunicado anterior do REF, o Banco Central havia informado que a expectativa para 2019 era de que a alta do indicador não fosse mais reportada após as instituições bancárias terem diminuído os custos e as despesas de provisão.
Banco Central poderá autorizar o capital estrangeiro nos bancos
No dia 30 de setembro, foi publicado pelo governo no “Diário Oficial da União” (DOU) o decreto 10.029. Esse artigo garante mais autonomia ao Banco Central na autorização da entrada de capital estrangeiro em instituições bancárias.
Anteriormente, a entrada de capital oriundo do exterior dependida de um decreto presidencial. A partir de agora, o BC pode analisar e autorizar os bancos brasileiros a captarem recursos de fora do Brasil.
A nova norma ressalta que está a cargo do Banco Central entender como de interesse do governo brasileiro “a instalação, no País, de novas agências de instituições financeiras domiciliadas o exterior; e o aumento do percentual de participação, no capital de instituições financeiras com sede no país, de pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior”.
Saiba mais: Estácio Participações aumenta a captação de alunos no 2º semestre; ações disparam
De acordo com o BC, a solicitação de investimento estrangeiro no sistema financeiro nacional era analisada tecnicamente pela autoridade monetária central.
Apenas então, era encaminhado ao Presidente da República. Com o novo decreto, o Banco Central permanecerá com o mesmo processo de análise técnica e poderá reconhecer o interesse brasileiro na participação, ou negar o investimento estrangeiro.