Dólar abre em alta atento às negociações entre EUA-China e privatização da Eletrobras
O dólar inicia em leve alta nesta quinta-feira (10) com as negociações da guerra comercial, entrave entre Bolsonaro e PSL e privatização da Eletrobras.
Por volta das 10h, o dólar registrava alta de 0,409% sendo negociado a R$ 4,118. O mercado reage de forma mista às negociações entre EUA e China.
Além disso, segue no radar dos investidores o que pode acarretar em caso de saída do Presidente da República do seu partido, além da maioria do Congresso em aceitação à privatização da Eletrobras.
Disputa comercial
Na última quarta-feira (9), os mercados finalizaram o dia em meio ao fluxo de informações positivas com a chegada da delegação chinesa a Washington. O objetivo das negociações desta semana é um acordo comercial parcial, seguido da oferta de compra da China em US$ 10 bilhões adicionais em mercadorias norte-americanas.
O governo chinês comunicou que está disposto a realizar um acordo parcial com os Estados Unidos para encerrar a guerra comercial.
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou estar favorável ao acordo em mais um episódio da guerra comercial.
Em Washington, Trump disse à jornalistas que: “Se pudermos fazer um acordo, faremos um acordo, há uma chance muito boa.” No entanto, o país asiático ressaltou que para que ocorra, o governo estadunidense deve suspender o plano de aplicar novas tarifas comerciais contra produtos da China.
Bolsonaro e PSL
Após rumores da sua saída, o presidente Jair Bolsonaro declarou na última quarta-feira (9) que não pretende deixar o PSL por “livre e espontânea vontade”. A declaração ocorreu em uma entrevista exclusiva ao portal “O Antagonista”.
As tensões entre o Presidente da República e o partido aumentaram após o mandatário pedir a um eleitor que “esqueça o PSL” e declarar que Luciano Bivar, presidente do partido, está “queimado para caramba”.
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O presidente disse ainda que suas reclamações são para o bem do partido. Segundo ele, todos os partidos enfrentam problemas, entretanto, as soluções cabem ao tesoureiro e ao presidente da legenda.
Os mercados nacional e internacional estão atentos ao desdobramentos do assunto, uma vez que, dependendo da conclusão, poderia trazer riscos à estabilidade do governo.
Privatização da Eletrobras
Diferente do que disse o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, no mês passado, de que a Eletrobras não teria votos suficientes para privatização, uma pesquisa revelou que 50,5% dos parlamentares são a favor da privatização da companhia.
A sondagem foi feita com 247 deputados federais e senadores entre os dias 23 de setembro e 8 de outubro. Apenas 36,5% se demonstraram contrários à desestatização da Eletrobras, 11,1% informaram não serem contra nem a favor e 1,9% não souberam ou quiseram responder. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou menos.
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A pesquisa foi encomendada pelo Studio Investimentos ao Instituto FSB Pesquisa e divulgada pelo jornal “Valor Econômico”.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (9), o dólar encerrou o dia com uma alta de 0,293%, negociado a R$ 4,1037.