BRF (BRFS3) cai 9% no Ibovespa hoje após prejuízo bilionário do 1T23. O que aconteceu com a empresa?
As ações da BRF (BRFS3) cairam forte no Ibovespa hoje desta terça (16), após a empresa apresentar ao mercado seus números do primeiro trimestre de 2023 (1T23). Nos primeiros meses deste ano, a operação amargou um prejuízo de R$ 1,02 bilhão.
No Ibovespa hoje, as ações da BRF encerraram o pregão com queda de 9,17%. Essa foi a segunda maior queda da Bolsa hoje, atrás apenas do Magazine Luiza (MGLU3), que desidratou 22,83%.
Confira os principais números do balanço da BRF no 1T23:
- Receita líquida: R$ 13.178 bilhões (no 1T22, cifra foi de R$ 12.041 bilhões);
- Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 607 milhões (no 1T22, cifra foi de R$ 152 milhões);
- Prejuízo líquido: R$ 1.024 bilhão (no 1T22, cifra foi de R$ 1.546 bilhão);
BRF no 1T23: veja análises
Lucas Bonventi e Antonio Cozman, da Genial Investimentos, afirmam que a BRF entregou um trimestre “fraco, porém com resultados acima dos apresentados para o mesmo período do ano passado”.
“Enquanto o segmento Brasil apresentou uma relativa melhora e resultados decentes, o Internacional entregou números decepcionantes, tendo sido fortemente impactado pelo cenário de sobreoferta global do frango e custos de commodities ainda elevados (embora já em tendência de queda)”, argumentam os profissionais, que trabalham com recomendação “manter” nas ações da BRF.
Os analistas do BTG Pactual Thiago Duarte e Henrique Brustolin explicam que apenas para equilibrar a geração do fluxo de caixa, a BRF precisaria de um Ebitda de cerca de R$ 1,7 bilhão. “Isso sem falar em um ciclo de conversão de caixa que já está operando nos mínimos históricos, o que sugere que o espaço para melhorias adicionais no capital de giro é possivelmente limitado”, destacam.
“Se a BRF cumprir suas grandes promessas de eficiência, há esperança de que os resultados melhorem rapidamente antes que a dívida atinja níveis insustentáveis”, complementaram os profissionais.