Como serão os dividendos da Petrobras (PETR4) no governo Lula? Diretor entrega mudanças à vista

Além de apresentar os números do primeiro trimestre de 2023 (1T23), a Petrobras (PETR4) informou ao mercado que mudanças na sua política de dividendos estão-se à vista. Nesta sexta (12), o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da petroleira, Sergio Caetano Leite, adiantou detalhes do que os investidores podem esperar dessa movimentação.

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“Nesse momento, estamos justamente no início do processo. Vamos precisar rever a política. Ainda não temos um direcionamento claro de qual vai ser o caminho ou a periodicidade do pagamento, mas iremos propor o que fará mais sentido não somente para a gestão de caixa da empresa, como também para os nossos acionistas”, afirmou Leite durante a teleconferência de apresentação do balanço da Petrobras do 1T23.

Segundo o executivo, a mudança na política de dividendos da Petrobras nasceu de um pedido do Conselho de Administração (CA) da empresa à Diretoria Executiva da companhia: “Ela é gestada dentro da Diretoria Financeira; passa para a Diretoria Executiva, colegiado, todos os diretores; depois segue para o CA. Aprovada, será divulgada ao mercado”.

Na quinta (11), a empresa anunciou que pagará R$ 24,7 bilhões em proventos. Além disso, os gestores da petroleira disseram que deram início a estudos para que a recompra de ações entre nessa política. Questionado pelos analistas sobre esse tema, Leite disse que esse movimento visa alinhar a Petrobras com os pares internacionais.

“A recompra vai permitir uma maior flexibilização na gestão de caixa da empresa, ao mesmo tempo em que ela levam em conta os aspectos tributários para alguns acionistas. Alguns vão ter, realmente, um tratamento tributário diferenciado”, justificou o executivo.

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Balanço da Petrobras no 1T23

A Petrobras encerrou o primeiro trimestre de 2023 (1T23) com um lucro líquido de R$ 38,1 bilhões. O número é 14,4% menor do que o registrado no 1T22, mas veio acima das projeções do mercado. Veja os principais números do balanço da Petrobras no 1T23:

  • Receita de vendas da Petrobras: R$ 139.068 bilhões, queda de 1,8% ante 1T22;
  • Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 72.497 bilhões, queda de 6,7% ante 1T22;
  • Lucro líquido da Petrobras: R$ 38.156 bilhões, queda de 14,4% ante 1T22.

O Consenso Bloomberg trabalhava com um lucro líquido de R$ 27,9 bilhões. O Goldman Sachs tinha a estimativa de um lucro líquido de R$ 25,5 bilhões. Enquanto isso, bancos como o Itaú BBA e o BTG Pactual eram mais otimistas, com projeções nas casas de R$ 30,1 bilhões e R$ 37,1 bilhões.

De acordo com o diretor financeiro, a queda do lucro da Petrobras é motivada, principalmente, pela desvalorização do Brent: “Além disso, houve maior despesa com o Imposto de Renda, principalmente em função da ausência de créditos tributários ocorridos no quarto trimestre de 2022, pela distribuição de dividendos na forma de juros sobre capital próprio (JCP)”.

Por volta das 13h25 do Ibovespa hoje, as ações da Petrobras eram negociadas em alta de 4,06%, aos R$ 26,47.

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Erick Matheus Nery

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