Eletrobras tenta adiantamento com União para aumentar capital
A Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6) informou na última segunda-feira (7) que discute com o governo uma possibilidade de capitalização de Adiantamentos para Futuros Aumentos de Capital (AFACs) pela União no valor de aproximadamente R$ 3,9 bilhões.
Este empréstimo tem como base os outros empréstimos feito à Eletrobras pela própria União nos últimos anos. “A companhia vem avaliando junto ao seu controlador a possibilidade de capitalização desses AFACs que, devido a sua atualização pela taxa Selic, onera a companhia”, informou o fato relevante.
Além disso, a estatal comunicou ao mercado que não houve, até o momento, uma decisão da administração da Eletrobras.
“A operação depende de aprovação pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da Eletrobras, manifestação do Conselho Fiscal e do Comitê de Auditoria e Risco Estatutário, além de emissão de decreto presidencial”, informou o documento.
Desse modo, para a aprovação do empréstimo será necessário também o decreto do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Privatização da Eletrobras não terá voto suficiente no Senado, diz Alcolumbre
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, afirmou no dia 19 de setembro que a proposta de privatização da Eletrobras não terá votos suficientes na Casa.
De acordo com o presidente, grande parte dos senadores nordestinos e nortistas, “inclusive eu”, são contra a desestatização da companhia. Além disso, Alcolumbre sugeriu que o governo fizesse uma troca de prioridade na pauta de privatização e inicia-se pelos Correios.
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“Tem que ter uma agenda de privatizações. O governo não pode começar pela Eletrobras. Começa com o que tem mais facilidade para depois ir para o que tem mais dificuldade “, salientou o líder no Senado.
Segundo o presidente, 48 senadores do Norte e Nordeste, manifestaram à ele receio em autorizar a privatização da estatal no setor elétrico.
“Se você me perguntar hoje, qual seria uma empresa que com muita dificuldade seria privatizada seria a Eletrobras. Se o governo continuar insistindo em colocá-la como o primeiro passo, acho que pode acabar prejudicando as outras empresas estatais [cuja venda] seria importante para nossa modernização”, completou o presidente.