Concessões de infraestrutura só terão impacto no PIB em 2021, diz Itaú
O Itaú divulgou um relatório nesta segunda-feira (7) que indica que as concessões de infraestrutura planejadas pelo setor público só terão impacto no Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e 2022.
Mesmo após 2021, a instituição financeira avalia que o impacto no PIB será moderado. O relatório considera 32 concessões planejadas pelo governo, que devem contar com investimentos de R$ 159 bilhões.
“Nossa análise indica que podemos contar com algum impulso positivo para a atividade econômica em 2021 e 2022 (o impacto para 2020 deve ser praticamente nulo). No entanto, esse impulso é moderado”, afirmaram os economistas Luka Barbosa, Alexandre Gomes da Cunha e Matheus Felipe Fuck.
A análise realizada pelo banco conta com rodovias federais e estaduais, aeroportos, portos, ferrovias e outras concessões de mobilidade urbana. De acordo com os analistas do banco, os projetos de infraestrutura que trarão impactos mais significativos são as rodovias federais e as ferrovias.
“Os investimentos estimados nos projetos previstos na agenda teriam impacto de 0,1% do PIB em 2020, 0,3% em 2021 e 0,3% em 2022”, disseram os analistas.
No entanto, o impacto na economia pode ser ainda menor, visto que alguns dos leilões podem atrasar. “Não podemos ignorar o risco de atraso no cronograma. Este risco indica que o impacto positivo das concessões pode ser maior em 2022 e nos anos seguintes do que em 2021”, afirmaram.
Previsão do Boletim Focus para o PIB
Os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira mantiveram a previsão de crescimento do PIB em 2019. Segundo o Boletim, a economia brasileira deverá crescer 0,87% esse ano.
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A previsão da última segunda-feira (30) também indicava um crescimento do PIB de apenas 0,87% em 2019. No começo do ano, os analistas indicavam um crescimento de 2,6% da economia brasileira em 2019.
Por sua vez, a previsão de crescimento da economia brasileira para 2020 foi mantida em 2,00%. Uma estimativa que demonstra uma certa redução na confiança da retomada econômica brasileira no próximo ano. Para 2021 e 2022 as previsões do PIB foram mantidas em 2,50%.