Via (VIIA3): ações caem no Ibovespa hoje após prejuízo no 1T23; ‘resultados são mistos’, diz banco
As ações da Via (VIIA3) são negociadas em queda no Ibovespa hoje desta sexta (5), após a apresentação do balanço do primeiro trimestre de 2023 (1T23). Novamente, a operação da varejista fechou um ciclo no prejuízo. Na visão do BB Investimentos, o BB-BI, a empresa mostrou “resultados mistos” neste começo de ano.
Por volta das 13h30 do Ibovespa hoje, os papéis da “mãe” da Casas Bahia eram negociados em queda de 1,60%, ao preço de R$ 1,85.
Segundo o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da Via apresentam queda de 33,21%. Confira o gráfico:
Cotação VIIA3
Balanço da Via no 1T23: Números e análises
Segundo as informações arquivadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na quinta (4), destacam-se os seguintes números no balanço da Via do 1T23:
- Receita líquida da Via: R$ 7,354 bilhões, queda de 0,6% ante 1T22;
- Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 675 milhões, alta de 0,2% ante 1T22;
- Resultado líquido: prejuízo de R$ 297 milhões; no 1T22, empresa registrou lucro líquido de 18 milhões.
O prejuízo da Via já era esperado pelos analistas. A Genial previa um resultado negativo de R$ 230 milhões, enquanto o BTG Pactual esperava perdas de R$ 251 milhões.
Georgia Jorge, analista do BB Investimentos, classifica esses números como “mistos”. “De um lado, vemos como positivo a manutenção da margem Ebitda ajustada na comparação anual, favorecida pelo ganho de margem bruta no período. Por outro lado, pesou negativamente o crescimento das despesas financeiras, em especial relacionado à antecipação de recebíveis, o que implicou na divulgação de um prejuízo bastante superior às nossas projeções”, aponta a profissional.
O BB-BI trabalha com recomendação neutra nos papéis da Via, com o preço-alvo de R$ 2,30 no final do ano. “Uma melhor visibilidade em relação à perspectiva de queda de Selic pode contribuir para retirada de prêmios da curva longa, com reflexo positivo nas ações dos setores mais cíclicos como o varejo”, argumenta.
