Radar: produção da Petrobras (PETR4) recua no 1T23, Carrefour (CRFB3) despenca na Bolsa e Pão de Açúcar (PCAR3) reporta prejuízo

As ações do Carrefour (CRFB3) despencam no Ibovespa hoje desta quarta (3). O movimento ocorre após a varejista alimentar apresentar números negativos no primeiro trimestre de 2023 (1T23).

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No fechamento do Ibovespa hoje, os papéis do Carrefour apresentaram queda de 9%.

balanço do Carrefour, divulgado na terça (2), conta com os seguintes destaques:

  • Receita líquida: R$ 25,793 bilhões, alta de 28,9% ante 1T22;
  • Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização): R$ 1,038 bilhão, queda de 16,8% ante 1T22;
  • Resultado líquido: prejuízo de R$ 375 milhões, queda de 189,1% ante 1T22.

Além de Carrefour, confira outros destaques desta quarta-feira:

Petrobras (PETR4): produção de petróleo e gás recua 4,3% no 1T23; vendas têm leve baixa de 0,2%

  • A produção total da Petrobras (PETR4) de petróleo e gás recuou 4,3% no primeiro trimestre de 2023 (1T23), no comparativo com igual período do ano anterior, para 2,676 milhões de barris por dia (Mbpd). Nos três primeiros meses de 2022, a produção total foi de 2,796 Mbpd.
  • De acordo com o relatório de produção e vendas, divulgado na noite desta quarta (3), a produção média comercial da Petrobras foi de 2,352 Mbpd no 1T23, queda de 4,5% na comparação com os 2,462 Mbpd de um ano atrás.
  • Segundo a Petrobras, a produção do 1T23 foi impulsionada pelo início do ramp-up da P-71, no campo de Itapu, no pré-sal da bacia de Santos, com a entrada de oito novos poços na bacia de Campos e de maiores eficiências de produção das plataformas.
  • produção de óleo, LGN e gás natural da Petrobras no Brasil teve queda de 4,2%, para 2,640 Mbpd no 1T23. No mesmo período de 2022, a produção foi de 2,757 Mbpd.
  • Já a produção de óleo da Petrobras no 1T23 caiu 4%, para 2,141 Mbpd. No primeiro trimestre de 2022, a produção foi de 2,231 Mbpd.
  • Enquanto isso, a produção de gás da Petrobras recuou 5,1% no 1T23 para 499 mil barris de óleo equivalente (Mboed). No período equivalente do ano anterior, foram 526 Mboed. 
  • A produção pré-sal cresceu 1,2% no 1T23 (1,702 Mboed) em relação ao mesmo período de 2022 (1,682 Mboed). 

Light (LIGT3): ‘Rei das crises’ compra ações da empresa; papéis sobem mais de 13%

  • Em meio a uma crise severa, com um dos sócios acionistas de referência da Americanas (AMER3) e uma renegociação com credores de uma dívida que totaliza R$ 8,6 bilhões (dados da dívida líquida do Status Invest), a Light (LIGT3) ganhou um novo – e relevante – sócio.
  • Trata-se do empresário Nelson Tanure, que comprou recentemente ações da Light e pretende adquirir novos lotes, ultrapassando assim o patamar de 5% – o que vai exigir um comunicado oficial na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
  • Com a notícia os papéis da companhia sobem mais de 13% na bolsa.
  • O movimento segue a estratégia usual de Tanure de comprar ações de companhias em crise, como o ocorreu com a Oi (OIBR3) em meados de 2016 e com a Alliar (AALR3).
  • Atualmente, além de renegociar as dívidas, a companhia visa renovar a concessão dos serviços de distribuição de energia no Rio de Janeiro.
  • As novas fatias de papéis da Light a serem adquiridas por Tanure podem ser de acionistas que têm uma participação relevante na companhia.
  • Conforme os dados da área de Relação com Investidores (RI) da Light, o fundo Samambaia, de Ronaldo Cezar Coelho, possui participação de 20,01%, a Tempo Capital tem 7,16%, a Black Rock conta com 9,29%, e um dos maiores sócios da Americanas, Carlos Alberto Sicupira, soma 10,16%.
  • Além disso, quase 54% das ações está no free float.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) reverte lucro e reporta prejuízo de R$ 248 milhões no 1T23

  • Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) apresentou prejuízo líquido de R$ 248 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23). Com o número divulgado em seu balanço, na noite desta quarta (3), a companhia reverteu lucro de R$ 1,3 bilhão registrado um ano antes.
  • Já o Ebitda [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] ajustado do Pão de Açúcar no 1T23 foi de R$ 224 milhões, queda de 0,1% ante o mesmo período de 2022.
  • As margens do Pão de Açúcar também caíram. A margem bruta cedeu 2,5 pontos porcentuais (pp), para 24,4%. Já a margem Ebitda caiu 1,5 pp, para 6%.
  • Apesar das quedas nos indicadores acima, a receita líquida do Pão de Açúcar no 1T23 foi de R$ 4,5 bilhões, alta de 15% na comparação com os três primeiros meses de 2022.

Ultrapar (UGPA3): lucro líquido do 1T23 tem queda de 41%, para R$ 274 milhões

  • Ultrapar (UGPA3) registrou lucro líquido de R$ 274 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23). Segundo o relatório publicado nesta quarta (3), houve queda de 41% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 461 milhões.
  • A empresa diz que o resultado é decorrente do menor Ebitda [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] ajustado recorrente registrado no período.
  • “Isso ocorreu em função das desconsolidações dos resultados da Oxiteno e da Extrafarma, apesar da menor despesa financeira líquida e dos menores custos e despesas com depreciação”, acrescenta a companhia no relatório do balanço do 1T23 da Ultrapar.
  • O indicador financeiro atingiu R$ 1,079 bilhão, valor que representa um recuo de 18% na comparação com o primeiro trimestre de 2022. Já o Ebitda ajustado recorrente das operações continuadas da Ultrapar totalizou R$ 1,023 bilhão, alta de 17%.
  • Enquanto isso, a receita líquida da Ultrapar entre janeiro e março ficou em R$ 30,552 bilhões, queda de 10% ante o mesmo período de 2022.

Mercado Livre (MELI34) vê lucro disparar mais que o triplo no 1T23, com aumento das vendas

  • O “cenário macro desafiador” apontado pelos especialistas foi superado pelo Mercado Livre (MELI34), que viu seu lucro líquido disparar 208% no primeiro trimestre de 2023 (1T23). De acordo com as informações publicadas nesta quarta (3), um dos principais motores para esse crescimento foi o aumento das vendas na plataforma. O Mercado Livre encerrou o período com lucro de US$ 201,4 milhões, mais que o triplo na comparação anual.
  • “Nossa liderança em e-commerce segue como uma grande alavanca para os resultados de toda companhia. Seguimos focados em continuar o bom desempenho ao longo de 2023, sobretudo diante do atual potencial para o desenvolvimento de novos produtos”, destacou Andre Chaves, vice-presidente sênior de Estratégia e Desenvolvimento Corporativo do Mercado Livre, em comunicado à imprensa.
  • No período, sua receita total alcançou US$ 3 bilhões na América Latina, crescimento de 58,4%, em moeda constante, e de 35,1% em dólar na comparação com o mesmo período do ano passado.
  • Os três principais mercados mantiveram o crescimento da receita em dólar na comparação anual, com o México avançando 62%, Argentina 39% e o Brasil 26% – País que representa 52% da receita líquida da companhia.
  • O resultado operacional foi de US$ 340 milhões na América Latina, com margem de 11,2% e crescimento de 145,0% em dólar. O resultado operacional em dólar cresceu mais de 200% no México, 70% no Brasil e 57% na Argentina.
  • Já a receita líquida de fintech atingiu quase US$ 1,4 bilhão, crescimento de 40,1%, em dólar, e 64,3% em moeda local.
  • Entre os principais números do balanço do Mercado Livre, destacam-se os seguinte dados:
  • Receita total de US$ 3 bilhões, alta de 58,4% em moeda constante ante 1T22;
  • Resultado operacional de US$ 340 milhões na América Latina, crescimento de 145% em dólar ante 1T22;
  • Lucro líquido de US$ 201,4 milhões, alta de 208,5% ante 1T22;
  • Segundo Chaves, a empresa segue comprometida em crescer na América Latina no longo prazo e um dos indicadores desse crescimento é a contratação de mais de 1,7 mil profissionais de tecnologia.
  • “Essa mesma visão tem colocado o Mercado Pago numa posição privilegiada para concentrar o relacionamento de milhões de usuários de serviços financeiros na região. Após dois anos de intenso desenvolvimento, produtos de seguros e investimentos, por exemplo, se mostram cada vez mais promissores para complementar nossa estratégia ecossistêmica”, complementa o executivo.

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Lojas Renner (LREN3): lucro cai 75% no 1T23 e varejista abre o jogo sobre queda

  • Lojas Renner (LREN3) fechou o primeiro trimestre de 2023 com um lucro líquido de R$ 46,8 milhões, queda de 75,6% ante o mesmo período de 2022. Nesta quarta (3), além de apresentar os dados, a varejista de moda abriu o jogo sobre os motivos dessa queda significativa.
  • “O lucro líquido do trimestre foi inferior ao 1T22, em função da menor geração operacional dos segmentos de varejo e serviços financeiros. As despesas adicionais de baixa de ativos de R$ 16 milhões (R$ 10,6 milhões líquidos de impostos) também impactaram este resultado”, afirmaram os gestores da Renner no documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
  • Os principais números do balanço da Renner do 1T23 foram os seguintes:
  • Receita líquida: R$ 2,278 bilhões (alta de 2,2% ante 1T22);
  • Ebitda ajustado: R$ 262,1 milhões (queda de 12,1% ante 1T22);
  • Lucro líquido: R$ 46,8 milhões (queda de 75,6% ante 1T22).

Copel (CPLE6) segue como ‘grande aposta’ em dividendos em carteira da XP

  • Em uma revisão de cenário para maio sem nenhuma alteração, os especialistas da XP mantiveram a Copel (CPLE6) como sua maior posição na sua carteira de dividendos.
  • Atualmente, as ações da Copel são as únicas com peso de 20% na carteira de dividendos da XP, ainda que com preço-alvo de R$ 8, mesmo patamar de preço das negociações atuais.
  • “A Copel teve um desempenho superior ao Ibovespa em abril, sendo destaque no setor após avanços em condições precedentes que permitem que a privatização e a renovação das concessões de suas três principais hidrelétricas ocorram em paralelo até o final de 2023. Em abril, o Estado do Paraná informou que o STF homologou um acordo entre o Estado do Paraná e o Itaú, referente à dívida envolvendo ações da Copel como garantia”, destaca a XP.
  • “Com o acordo, mais um risco foi eliminado, deixando o Estado livre para fazer uma oferta secundária do tamanho que precisa. Adicionalmente, o bônus de outorga para renovar por 30 anos as concessões das três UHEs mais relevantes da Copel foi fixado em R$ 3.7 bilhões, condicionado à transferência do controle para um player privado”, completa.
  • Os especialistas da casa ainda destacam que uma eventual privatização deve permitir que a Copel mantenha o controle das UHEs e, com isso, o cenário otimista traçado pela XP fica mais próximo.
  • Conforme dados do Status Invest, os papéis CPLE6 mostram um dividend yield (DY) de 4,66%, com R$ 0,36 pagos por ação nos últimos 12 meses.

Marisa (AMAR3) muda tudo no alto escalão para economizar R$ 50 milhões

  • Marisa (AMAR3) fez uma reformulação geral no seu alto escalão em busca de uma economia anual de R$ 50 milhões. De acordo com informações publicadas nesta quarta (3), dentro deste movimento, estão presentes iniciativas como a extinção do cargo de vice-presidente da varejista de moda e mudanças em conselhos e comitês.
  • Em fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa batizou essas mudanças como um “aprimoramento do modelo de gestão”.
  • “Sabemos que para avançarmos com o nosso turnaround e cumprir com o que é esperado pelos acionistas da companhia, temos que remodelar nossa cultura para sermos mais eficientes sem perder o acolhimento intrínseco à nossa marca, usando a tecnologia para simplificar e tornar nossos processos mais seguros. Para gerarmos resultados sustentáveis, temos que ter a coragem de abandonar modelos de gestão e governança tradicionais, frágeis e hierarquizados”, destacou João Pinheiro Nogueira Batista, diretor presidente e de relações com investidores da Lojas Marisa.
  • Na lista de mudanças no alto escalão da Marisa, estão as seguintes iniciativas:
  • Redução dos custos anuais do Conselho de Administração;
  • Fusão entre comitês de Estratégia e Finanças com o acompanhamento de turnaround — equipe será liderada por Luiz Paulo Rosemberg;
  • Instalação de comitê focado no MBank, braço financeiro da Marisa;
  • Separação das áreas Comercial e de Operações;
  • Fusão da nova área Operacional com área de Tecnologia;
  • Extinção do cargo de vice-presidente.
  • Com essas mudanças, o comitê de Auditoria, Riscos e Compliance segue coordenado por Sergio Moreno e o time de Pessoas e Sustentabilidade fica nas mãos de Marcio Goldfarb. A nova diretoria de Operações e Tecnologia será comandada por Alexandre Abreu de Andrade, na empresa desde julho de 2021.

Do Carrefour à Marisa, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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