Carrefour (CRFB3) despenca no Ibovespa hoje; veja análises dos números negativos do 1T23
As ações do Carrefour (CRFB3) despencam no Ibovespa hoje desta quarta (3). O movimento ocorre após a varejista alimentar apresentar números negativos no primeiro trimestre de 2023 (1T23).
No fechamento do Ibovespa hoje, os papéis do Carrefour apresentaram queda de 9%.
O balanço do Carrefour, divulgado na terça (2), conta com os seguintes destaques:
- Receita líquida: R$ 25,793 bilhões, alta de 28,9% ante 1T22;
- Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização): R$ 1,038 bilhão, queda de 16,8% ante 1T22;
- Resultado líquido: prejuízo de R$ 375 milhões, queda de 189,1% ante 1T22;
Balanço do Carrefour: Veja análises
Mateus Haag, analista da Guide Investimentos, destaca que os números do Carrefour foram negativamente afetados pela integração do grupo Big. “Além disso, os resultados foram negativamente impactados pela maior provisão para perdas, e despesas gerais maiores, no Banco Carrefour”, diz ele.
“Apesar da forte evolução da carteira de crédito do Banco Carrefour, o aumento na inadimplência levou a um aumento nas provisões para perdas, que reduziu o resultado da intermediação financeira do Banco. O maior volume de transações levou também a um aumento nas despesas em geral, o que também contribuiu para reduzir o resultado do banco neste trimestre”, prossegue o especialista
Além dos problemas com a integração do Grupo Big, o Carrefour vem sofrendo com a desaceleração das vendas (negativamente impactada pela redução da inflação) e resultados muito fracos no Banco Carrefour.
O BTG Pactual (BPAC11) tem recomendação de compra para as ações do Carrefour, com o preço-alvo de R$ 21. Os analistas do BTG Luiz Guanais e Gabriel Disselli também argumentam que o braço financeiro da varejista alimentar deve ser pressionado “pelo ambiente de altas taxas de juros e inadimplência no Brasil, trazendo riscos negativos para as estimativas”.
“Os números reportados pelas marcas do Carrefour, incluindo Atacadão, desaceleraram no 1T23, tendência que vemos no setor com a desaceleração da inflação dos alimentos”, complementam os profissionais.