Real será a moeda emergente mais beneficiada por acordo na guerra comercial, diz jornal

O real deverá ser a moeda emergente mais favorecida caso Estados Unidos e China entrem em um acordo nos desdobramentos da guerra comercial.

Segundo o “Bloomberg”, o baht tailandês e o shekel israelense também serão favorecidos caso aconteça um desfecho positivo na guerra comercial.

Ainda de acordo com o jornal, baseado na ligação ao yuan durantes os momentos de mercados direcionados pelo fluxo de notícias comerciais, as moedas de países exportadores de commodities, incluindo o peso chileno e o rublo russo, reportaram os movimentos mais consistentes e mais elevados.

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A pesquisa leva em conta 19 moedas desde meados de 2017, quando a guerra comercial apresentou seus primeiros capítulos. Desde então, o estudo leva em consideração momentos em que o yuan se moveu 2% ou mais em um curto período temporal.

Guerra comercial impacta o yuan, que interfere em emergentes

Segundo a pesquisa, em cinco períodos distintos durante os últimos dois anos, o real valorizou 1,3% para cada movimento de 1% da moeda chinesa.

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Malásia, Coreia do Sul, Cingapura e Taiwan, que mantém relações fortes relações comerciais com a China, também reportaram altas nestes momentos.

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Já a lira turca, de acordo com o estudo, teve sua média distorcida por um movimento exagerado. Em geral, ela demonstrou uma consistência moderada em relação ao yuan, embora os movimentos tendam a seguir o mesmo caminho.

China está disposta a comprar dos EUA

Após o presidente americano Donald Trump conceder isenções de tarifas alfandegarias sobre os produtos chineses, a China informou que está disposta a comprar mais mercadorias americanas.

De acordo com o assessor de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, o governo Trump demonstrou “boa vontade”. “Então, do lado chinês, estamos dispostos a comprar mais produtos dos EUA que são necessários ao mercado chinês”, disse Yi durante a Assembleia da ONU.

O presidente estadunidense informou no dia 11 de setembro que a elevação das tarifas sobre US$ 250 bilhões em importações de produtos da China foram adiadas por duas semanas.

Os investidores estão atentos aos resultados da próxima rodada de negociações entre as duas maiores potências do mundo na guerra comercial, programada para ocorrer na próxima semana.

Jader Lazarini

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