Dólar fecha em alta após declaração do CEO da J.P Morgan

O dólar encerrou, nesta quinta-feira (26), em alta de 0,168% sendo vendido a R$ 4,1618.

O dólar subiu devido a vários fatores. O principal deles, a declaração do CEO da J.P Morgan, Jamie Dimon, de que a guerra comercial só se solucionará após as eleições de 2020.

Além disso, contribuíram para a alta:

  • Ipea diminui previsão do PIB de 2020 de 2,5% para 2,1%
  • Dívida pública federal sobe 2% e passa de R$ 1 tri pela primeira vez
  • Congresso anuncia emenda que possibilita leilão de novos campos de petróleo

Guerra comercial

Segundo o CEO da J.P. Morgan, Jamie Dimon, as necessidades de Estados Unidos e China precisam “ser reciprocamente de uma maneira que seja boa para ambas. A guerra comercial, disputa entre as duas maiores potências econômicas do mundo, já perdura por mais de um ano.

Saiba mais: J.P. Morgan: solução da guerra comercial acontecerá após as eleições de 2020

“Esperamos que nós consigamos chegar lá. Não espero que isso aconteça antes das eleições para te dizer a verdade, mas acredito que teremos um acordo comercial justo”, disse o executivo, referindo-se à guerra comercial com otimismo.

Dimon disse à “Bloomberg” que, em relação a maneira como o presidente norte-americano Donald Trump liderou as negociações, o método utilizado poderia ser diferente.

PIB

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reduziu nesta quinta, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2020. A estimativa para 2019 foi mantida em 0,8%.

Saiba mais: Ipea diminui previsão do PIB de 2020 de 2,5% para 2,1%

A projeção anterior para o PIB de 2020 previa aumento de 2,5%. No entanto, agora a economia deve crescer somente 2,1%.

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Segundo o diretor de Macroeconomia do Ipea, José Ronaldo de Souza Júnior, as tensões no cenário internacional, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China, motivaram a redução. Além disso, a demora na retomada da confiança da indústria influenciou negativamente a nova estimativa.

Dívida pública

A dívida pública federal (DPF) subiu 2,03% em agosto e ultrapassou R$ 4 trilhões pela primeira vez, ao somar R$ 4,074 tri. As informações foram divulgadas pelo Tesouro Nacional nesta quinta.

Em julho, a dívida pública contabilizava R$ 3,993 trilhões. O valor considera os débitos do governo federal no Brasil e no exterior.

Saiba mais: Dívida pública federal sobe 2% e passa de R$ 1 tri pela primeira vez

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), ou seja, que considera o débito no País, em real, registrou alta de 1,74% e somou R$ 3,913 trilhões.

A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 9,55% e registrou R$ 160,87 bilhões em agosto. Esse resultado considera a emissão de títulos de dívida no mercado internacional e de contratos antigos.

Petróleo

O Congresso Nacional promulgou na manhã desta quinta uma emenda à Constituição que possibilita o megaleilão de novos campos de petróleo. Com isso, o governo espera arrecadar R$ 106,5 bilhões.

Saiba mais: Congresso anuncia emenda que possibilita leilão de novos campos de petróleo

A emenda aprovada pelo Congresso autoriza o pagamento à Petrobras (PETR3; PETR4) dos recursos da cessão onerosa.

Esse leilão da cessão onerosa é referente ao petróleo excedente que a estatal brasileira recebeu em 2010. À época, a Petrobras teve o direito de explorar uma área de 5 bilhões de barris da commodity. Em troca, a União recebeu o repasse de ações da companhia.

Última cotação

Na última sessão, quarta-feira (25), o dólar encerrou em queda de 0,35% sendo negociado a R$ 4,1548 na venda.

Rafael Lara

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