C&A deve definir preço das ações para o IPO em outubro, diz jornal
Após as primeiras reuniões com investidores, a C&A irá continuar com o processo da oferta inicial de ações (IPO). Dessa forma, a companhia deve precificar os papéis até o final de outubro.
De acordo com as informações publicadas pelo “O Estado de S.Paulo” na manhã desta quinta-feira (26), para que a C&A consiga prosseguir no processo de sua abertura de capital, a marca holandesa necessita atualizar o prospecto encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na próxima semana. A empresa estima ser avaliada em R$ 5 bilhões em seu valuation.
No entanto, segundo fontes, a varejista não causou impacto nas primeiras reuniões com investidores. A companhia afirma que, no ano passado, teve uma receita líquida de R$ 5,17 bilhões, um aumento de 2,6% em comparação a 2017. Já o lucro líquido de 2018 somou R$ 173,6 milhões, aumento de 79,2% na comparação anual.
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Além de ter passado a impressão de não ter crescido substancialmente nos últimos sete anos, a principal concorrente, a Lojas Renner (LREN3), demonstra prometer um futuro promissor.
Segundo o “O Estado de S.Paulo”, a C&A esperava atrair a atenção dos potenciais investidores, uma vez que é uma marca consolidada no mercado brasileiro, possuindo 282 lojas físicas. De acordo com o prospecto liminar encaminhado à CVM, a participação do varejo de vestuário fica por volta de 10% a 20%.
Além da XP Investimentos, o IPO da C&A será coordenado pelos bancos:
- Morgan Stanley (NYSE:MS)
- Bradesco BBI (BBDC4)
- BTG Pactual (BPAC11)
- Citi Santander (SANB11)
Plano de expansão da C&A
No documento de representação para o IPO, a C&A apresentou um plano de expansão que prevê a abertura de 159 novas lojas no Brasil. Além disso, a empresa também pretende melhorar sua plataforma de comércio eletrônico e as ofertas de produtos financeiros.
A varejista deveria abrir mais um centro de distribuição para apoiar esse plano de crescimento. Ao mesmo tempo serão realizadas aquisições de outras empresas.
A acionista vendedora na oferta secundária será a família Brenninkmeijer, dos irmãos Clemens e August cujas iniciais deram origem à marca na Holandesa em 1861.
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A venda do lote secundário será realizada por meio da Cofra Investments e Incas SA. Dois veículos de investimentos baseados no Luxemburgo e controlados pela família fundadora da C&A.
A C&A chegou no no Brasil em 1976, abrindo sua primeira loja no shopping Ibirapuera, em São Paulo. Ela é a segunda maior empresa do segmento em termos de receita líquida entre as companhias listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).