Petrobras (PETR4): especialistas avaliam nova diretoria de Transição Energética

A Petrobras (PETR4) anunciou na última quinta (6) a proposta oficial da criação da diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis. O movimento não pegou o mercado de surpresa, visto que o tema já vinha sendo defendido pelo novo presidente da estatal, Jean Paul Prates, desde a sua indicação ao cargo. Diante disso, os analistas do Bank Of America mantém a recomendação neutra para a petroleira.

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Frank McGann e Leonardo Marcondes, analistas do banco, pontuam que com a proposta da nova diretoria, focada na transição energética, a Petrobras visa três objetivos:

  • (i) preparar a companhia para a transição energética com a criação de Diretoria Executiva focada no tema;
  • (ii) reunir as atividades de engenharia, tecnologia e inovação, fortalecendo a área de desenvolvimento de projetos com os esforços de pesquisa e desenvolvimento;
  • (iii) concentrar atividades corporativas em uma área voltada à gestão da companhia, fortalecendo sinergias entre os processos.

Outro ponto que os analistas do BofA chamam a atenção é o fato de Maurício Tolmasquim, atual assessor da presidência da estatal, ter sido indicado por Prates para assumir a nova diretoria-executiva de Transição Energética e Energias Renováveis.

“Tolmasquim , ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), participou da campanha presidencial de Lula em 2022 e foi responsável por propostas relacionadas ao setor de energia. Ele também participou do governo do PT entre 2003 e 2016 — inclusive como secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, quando Dilma Rousseff era ministra.”

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Passo para descarbonização da Petrobras

A criação de uma diretoria de transição energética e energias renováveis pela Petrobras é apontada pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) como um importante passo para acelerar o processo de descarbonização, além de ser uma sinalização da companhia no avanço das fontes renováveis no País.

“Essa sinalização da Petrobras traz uma grande oportunidade para o Brasil voltar a se reindustrializar por meio de tecnologias sustentáveis de transição energética. Sabe-se que a idade da pedra não acabou por falta de pedra e que a era do petróleo não acabará por falta do petróleo. Tratam-se de um fato inquestionável e de um fenômeno irreversível no planeta”, afirma o presidente do Conselho de ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk.

Na visão da entidade, a nova diretoria da Petrobras também está em sintonia com o próprio plano de governo do executivo. Nele, é estabelecido o desenvolvimento sustentável como uma das diretrizes centrais de gestão federal, com o compromisso estratégico de zerar as emissões de gases de efeito estufa na matriz elétrica nacional.

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Janize Colaço

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