Comitê da Petrobras (PETR4) vê impedimentos na indicação de secretário do MME
A Petrobras (PETR4) enfrenta mais um impasse em relação à indicação de novos membros para o conselho de administração. Agora, o comitê responsável pela avaliação os currículos dos indicados pelo governo apontou possíveis impedimentos à nomeação do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energias (MME), Efrain Cruz.
De acordo com a análise interna, há possíveis conflitos de interesse com a função de Cruz no governo e sua atuação no órgão que define as estratégias da Petrobras.
O secretário do MME já é o terceiro indicado de Lula a enfrentar questionamentos nos órgãos internos de governança. Ele segue os passos de Pietro Mendes e Sérgio Machado Rezende, cujas indicações foram rejeitadas pelo conselho de administração da Petrobras na semana anterior.
Ressalvas
Gestores do mercado de energia e representantes da própria Petrobras veem a nomeação de Cruz com ressalvas, especialmente devido à sua associação com grupos políticos ligados ao Centrão, além de sua reputação como representante de lobbies no setor de gás.
Embora a opinião do comitê responsável não seja determinativa, a tendência é que a nomeação seja rejeitada, pois a avaliação recente indica uma tendência negativa em relação à nomeação de Cruz ao conselho de administração da Petrobras.
No entanto, existe uma precedência por parte do governo federal em desconsiderar as recomendações do comitê. O ex-presidente Jair Bolsonaro já ignorou pareces da área no passado.
Conselho da Petrobras
Vale lembrar que o conselho da Petrobras é composto por 11 vagas, das quais oito são reservadas à União, sua maior acionista. As outras vagas são destinadas a representantes dos acionistas minoritários e dos funcionários
A eleição para o conselho está marcada para o dia 27 de abril, mas não é só o governo que terá peso nas decisões. Juca Abdalla, o maior acionista individual da Petrobras, e o advogado Marcelo Gasparino, que já ocupam vagas no conselho, buscam reeleição no colegiado.