IFIX termina quarta (5) com leve queda; FII desaba após acabar com dividendos mensais

O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da Bolsa brasileira, fechou esta quarta (5) em queda de 0,03%, com 2.760,26 pontos. Um dos destaques negativos do dia ficou com o REC Logística (RELG11), que despencou após o anúncio do fim dos dividendos mensais.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/08/62893415-minicurso-fundos-imobiliários.png

Em comunicado enviado ao mercado na terça (4), os administradores do RELG11 informaram que não pagarão mais dividendos mensais aos cotistas.

“O resultado caixa acumulado não distribuído será incorporado ao valor patrimonial, podendo ainda ser distribuído tão logo ocorra um ou mais eventos de liquidez para quitação das obrigações. Essa medida tem por objetivo proteger a saúde financeira e o interesse dos cotistas do fundo”, argumentaram os gestores. Contudo, a notícia não foi bem recebida pelos investidores de fundos imobiliários.

De acordo com o mapeamento do Status Invest, o último rendimento do RELG11 foi de R$ 0,70, pago no dia 14 de março.

Na lista dos cinco principais FIIs da carteira do índice, os fundos KNIP11 (-0,11%), HGLG11 (-0,01%) e IRDM11 (-0,52%) sofreram desvalorização em suas cotas. Já os papéis KNCR11 (0,21%) E KNRI11 (0,19%) fecharam o dia no positivo.

Veja as maiores altas e baixas do IFIX hoje:

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Planilha-controle-de-gastos.png

Março em queda

Em março, o índice que monitora os fundos imobiliários negociados na B3 fechou em queda de 1,69%. Na visão dos analistas do BTG Pactual, o recuo foi motivado devido a performance dos fundos de recebíveis.

“Nesse mês, tivemos uma série de eventos de crédito significativos que impactaram negativamente a performance dos fundos imobiliários de recebíveis, em especial os de perfil high yield. Na nossa visão, eventos de renegociações ou inadimplências fazem parte desse tipo de investimento em crédito e, portanto, podem seguir ocorrendo em 2023″, alertaram os analistas do BTG Daniel Marinelli e Matheus Oliveira.

De acordo com a dupla, como a liquidez segue retraída, setores que possuam uma maior necessidade de funding devem seguir pressionados “e com dificuldades para realizar novas captações, resultando numa menor disponibilidade de recursos para o pagamento das obrigações financeiras”.

Na lista de FIIs que integram o IFIX, o ativo que apresentou a maior valorização em março de 2023 foi o HOFC11, com alta de 6,11%. Na contramão, a maior queda do mês foi protagonizada pelo DEVA11, que recuou 33,78%.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

O que é o IFIX?

O objetivo do IFIX é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos fundos imobiliários negociados nos mercados de bolsa e de balcão organizado da B3. É composto pelas cotas de Fundos de Investimentos Imobiliários listados nos mercados de bolsa e de balcão organizado da B3.

Cotação do índice na terça (4)

Ontem, o IFIX fechou o dia em alta de 0,29%, aos 2.761 pontos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

Erick Matheus Nery

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno