Radar: Assaí (ASAI3) quer rever investimentos, Aliansce Sonae (ALSO3) propõe dividendos milionários e B3 (B3SA3) aumenta valor por ação de JCP

Assaí (ASAI3) está avaliando a possibilidade de rever investimentos e considera vender lojas próprias. Em teleconferência nesta terça (4), Belmiro Gomes, presidente da empresa, revelou que a possibilidade foi levantada devido ao aumento do custo do capital com a escalada dos juros básicos (Selic).

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“Pela pressão de juros, e uma alavancagem maior, é mais fácil uma revisão de investimentos ou venda de ativos de lojas próprias. Falo isso, pois há outras cartas na mesa antes de uma primária”, afirmou o executivo.

O presidente do Assaí ainda falou sobre a especulação levantada nos últimos dias de que a companhia faria uma oferta primária de ações. Gomes negou a informação e disse que não discussões sobre, mas destacou a revisão dos investimentos.

“O que temos é uma discussão, ainda em andamento, sem decisão tomada, de revisão de investimentos orgânicos em 2023 e 2024, para fazer frente ao aumento do custo da dívida”, disse o executivo do Assaí.

Além da Assaí , confira outros destaques desta terça-feira:

Aliansce Sonae (ALSO3) propõe pagamento de R$ 292,9 milhões em dividendos

  • Aliansce Sonae (ALSO3) encaminhou nesta terça (4) uma proposta de distribuição de dividendos no valor de R$ 292,9 milhões. Em fato relevante, a companhia destaca que a aprovação do pagamento deverá ser feita na assembleia geral ordinária (AGO), marcada para o dia 28 de abril.
  • Além da remuneração aos acionistas referentes ao exercício do ano passado, a administradora de shoppings centers irá propor a distribuição de 50% do AFFO (fluxo de caixa proveniente das operações ajustado) gerado em 2023. A discussão, porém, deve acontecer na AGO de 2024.
  • “A estimativa corrobora a sólida capacidade de geração de caixa e representa um marco referente à orientação estratégica da Companhia direcionada a maior distribuição de caixa aos acionistas”, diz o comunicado.
  • Ainda segundo o fato relevante, a projeção apresentado não impede que a Aliansce Sonae “mantenha diligente avaliação sobre oportunidades de transações e alternativas de investimentos” que gerem valor aos acionistas.

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B3 (B3SA3) atualiza (de novo) valor por ação de JCP de R$ 347 milhões; confira

  • Faltando pouco menos de uma semana de fazer o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 347 milhões, a B3 (B3SA3) atualizou pela segunda vez o valor dos proventos por ação nesta terça-feira (04). Em fato relevante, a bolsa brasileira atualizou o valor bruto de R$ 0,05994865 para R$ 0,06022960.
  • Com a dedução de 15% do Imposto de Renda (IR), o valor líquido dos proventos da B3, que era de R$ 0,05095635 por ação, passa para R$ 0,05119516 — sendo excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos.
  • Vale lembrar que apenas os investidores da B3SA3 na base acionária da terça passada (28) terão direito de receber os rendimentos. Desde então, as ações foram negociadas sem direito ao JCP.
  • Segundo o fato relevanteJCP da B3 será imputado aos dividendos obrigatórios do exercício social de 2023 e o pagamento ocorrerá na próxima segunda-feira, 10 de abril. Confira os detalhes abaixo:

JCP da B3 (B3SA3)

  • Valor total do JCP: R$ 347.000.000,00
  • Valor bruto por ação: R$ 0,06016694
  • Valor líquido por ação: R$ 0,05119516
  • Data de corte: 28 de março
  • Data do pagamento: 10 de abril

Americanas (AMER3) aperta os cintos, muda plano e tenta reduzir salário de filho de Lemann

  • Após sugerir aumentar o salário do filho de Jorge Paulo Lemann mesmo enfrentando uma crise sem precedentes, a Americanas (AMER3) mudou sua proposta. De acordo com informações divulgadas nesta terça (4), agora a ideia é reduzir o salário do executivo e dos demais administradores da companhia.
  • Segundo o jornal Valor Econômico, a nova proposta prevê que a remuneração do conselho de administração da Americanas fique em R$ 3,6 milhões neste ano. No ano passado, o valor total pago foi de R$ 4,56 milhões, e o plano apresentado anteriormente previa que essa cifra aumentasse para R$ 5 milhões.
  • Em 2022, cada integrante do conselho recebeu, em média, R$ 651,4 milhões/ano. Com a atual proposta, a remuneração média cai para R$ 514,2 milhões, sendo que o plano anterior previa turbinar os proventos para uma cifra superior a R$ 700 mil.
  • A varejista pretende manter a atual formação do conselho neste novo ciclo: além de Alberto Lemann e Sicupira, integram a equipe Claudio Barreto Garcia, Eduardo Saggioro Garcia, Sidney Victor da Costa Breyer, Mauro Not e Vanessa Claro Lopes.
  • A proposta será debatida na Assembleia Geral e Extraordinária da companhia, marcada para 29 de abril. Ou seja, o filho de Lemann terá seu salário reduzido caso os acionistas aprovem sua permanência no conselho e, em seguida, o reajuste nos proventos.

Presidente do Credit Suisse (C1SU34) admite fracasso do banco antes de ‘apagar as luzes’; entenda

  • O presidente do conselho de administração do Credit Suisse (C1SU34), Axel Lehmann, se desculpou com os investidores pelos fracassos do banco. Nesta terça (4), o executivo reconheceu os choques financeiros causados pela instituição antes do “apagar das luzes” da empresa, que está prestes a ser vendida para o rival UBS em uma transação feita pelo governo suíço.
  • “O banco não pôde ser salvo e apenas duas opções o aguardavam: um acordo ou falência”, destacou o presidente, na que provavelmente foi a última reunião de acionistas do Credit Suisse em seus 167 anos de história.
  • Lehmann, que assumiu o cargo em 2022 depois de ter saído do UBS em 2021, denunciou “saídas maciças” de fundos de clientes em outubro e uma “espiral descendente” que culminou em março, quando a turbulência de uma turbulência bancária nos EUA se espalhou para o exterior.
  • Manifestantes, incluindo alguns levantando um barco com o nome “Crisis Suisse”, reuniram-se do lado de fora da arena de hóquei em Zurique que sediou a reunião.
  • Para os investidores do Credit Suisse, o acordo de aquisição significou perdas. Os acionistas coletivamente receberão 3 bilhões de francos na empresa combinada, enquanto os investidores que detêm cerca de 16 bilhões de francos (US$ 17,3 bilhões) em títulos de alto risco do Credit Suisse foram apagados.

Petrobras (PETR4) amplia uso de nuvem para impulsionar inovações tecnológicas

  • Petrobras (PETR4) anunciou nesta terça (4) o investimento de R$ 240 milhões para o uso de computação em nuvem para implantar tecnologias como terminais virtuais, plataformas de dados e recursos de machine learning. No ano anterior, o montante foi de R$ 172 milhões.
  • Há um ano, a Petrobras criou o Centro de Competência de Computação em Nuvem (CCC), que já entregou mais de 80 soluções e viabilizou a atualização do sistema de milhares de processos da estatal. Ele contribui para habilitar tecnologias para a transformação digital dos negócios e, assim, ampliar a eficiência operacional e a competividade.
  • “Quanto mais uma solução depende de tecnologias de ponta, como inteligência artificial e machine learning, mais vantagens ela terá pelo desenvolvimento em nuvem, uma vez que esse é o ambiente onde as novas tecnologias são implementadas primeiro e evoluem com maior agilidade”, explica o gerente executivo de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Petrobras, Marcelo Carreras.
  • Segundo ele, o uso de nuvem tem diversas vantagens para a Petrobras:
  • Agilidade: oferece acesso fácil a inúmeras tecnologias e recursos conforme a necessidade de serviços como computação;
  • Velocidade: permite a rápida implantação de infraestrutura e em escala global;.
  • Economia: há economia de custos ao proporcionar recursos computacionais sob demanda;
  • Elasticidade e economicidade: é possível dimensionar a quantidade de recursos realmente necessária.
  • Ainda segundo o executivo, a trajetória da estatal é marcada por investimento constante em tecnologia e inovação.
  • “Trata-se de um movimento estruturado, aderente à nossa estratégia de TIC. É assim que a Petrobras supera a barreira do conhecimento, viabiliza novos negócios e contribui positivamente para a sociedade”, conclui.

Do Assaí à Petrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Vanessa Loiola

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