Hapvida (HAPV3) fará oferta de ações que pode girar R$ 1 bi; papéis caem na Bolsa
A Hapvida (HAPV3) informou no domingo (2) que fará uma oferta pública primária de, inicialmente, 329.339.600 novas ações, em regime de garantia firme de liquidação, podendo alcançar pouco mais de R$ 1 bilhão, considerando lotes extras. A companhia pretende utilizar integralmente os recursos líquidos provenientes da oferta para fortalecimento de sua estrutura de capital. No fechamento, os papéis caíram 6,87%.
A quantidade de ações da Hapvida inicialmente ofertada poderá, a critério da companhia, em comum acordo com os coordenadores da oferta, ser acrescida em até 20% do total de ações inicialmente oferecidas, ou seja, em até 65.867.920 novas ações, nas mesmas condições e pelo mesmo preço das ações inicialmente ofertadas, que serão destinadas exclusivamente a atender eventual excesso de demanda que venha a ser constatado.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa lembra que o preço por ação será fixado após a conclusão do procedimento de bookbuilding, previsto para 12 de abril.
Considerando o preço de fechamento do pregão de 31 de março de R$ 2,62, a oferta pode girar R$ 862.869.752,00, sem considerar a colocação das ações adicionais, e R$ 1.035.443.702,40 considerando a colocação da totalidade do lote extra.
Simultaneamente, no âmbito da oferta, serão realizados esforços de colocação das ações (considerando as ações adicionais) no exterior. A operação tem coordenação do Bank of America Merrill Lynch (Coordenador Líder), do UBS Brasil (UBS BB), do Banco BTG Pactual e do Banco Itaú BBA.
Hapvida no Ibovespa hoje
No fechamento, o papel HAPV3 caiu 6,87%, ao preço de R$ 2,44. De acordo com o mapeamento da Suno Analítica, ao longo dos últimos 30 dias, o papel apresentou uma queda de 0,33%. Confira o gráfico:
Cotação HAPV3
Oferta de ações da Hapvida
Para os analistas do Goldman Sachs Gustavo Miele e Emerson Vieira, a potencial injeção de capital na Hapvida é vista como positiva, “pois a empresa está lidando com os riscos relacionados à sua posição de caixa para 2023, que se tornou uma das principais preocupações do mercado sobre a empresa após resultados decepcionantes no 4T22”.
Com Estadão Conteúdo