Huawei diz que não possui interesse em adquirir Oi

A fabricante de celulares da China, Huawei, informou no último domingo (22) que não possui interesse em adquirir a operadora Oi (OIBR3; OIBR4), ou qualquer outra operadora brasileira.

De acordo com a matéria exclusiva do SUNO Noticias, a operadora de telefonia móvel China Mobile, estava pensando em unir forças com a Huawei para comprar a Oi.

No entanto, “a Huawei não tem nenhum plano ou interesse em adquirir a Oi ou qualquer outra operadora brasileira”, informou a empresa chinesa à agência Reuters.

A Huawei foi escolhida pela Anatel para participar do leilão do 5G , previsto para 2020, e para realizar todos os testes da nova tecnologia no Brasil juntamente com as principais teles como, Oi, Tim, Claro, Vivo e Algar, que disputarão o leilão do próximo ano.

China Mobile enfrenta pressão contra aquisição da Oi

Apesar da possibilidade de compra da Oi, a maior operadora de telefonia móvel do mundo, enfrenta pressões contrárias à realização do negócio.

O SUNO Notícias apurou que, mesmo que a aquisição da Oi pela China Mobile esteja apenas em estudo, fornecedores europeus e americanos já estariam atuando para que o negócio não seja realizado.

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A ação seria dupla: de um lado um “lobby” para convidar operadoras europeias a entrar no mercado brasileiro e, eventualmente, comprar a Oi. Do outro lado, eles pressionariam as autoridades de regulamentação do setor de telefonia.

“A indústria fornecedora ocidental já faz pressão nas operadoras americanas, mexicanas, espanholas e italianas para que elas não deixem esse negócio acontecer”, disse uma fonte com grande conhecimento do setor.

Fornecedores ocidentais contrários a compra

Tal pressão ocorre pois essas empresas temem que, com a possível realização do negócio, fabricantes e fornecedoras chineses tenham caminho livre para entrar no mercado brasileiro com mais força.

O SUNO Notícias apurou que, desde a primeira vez que o negócio foi ventilado, em 2017, houve uma corrida de representantes da “indústria ocidental de telefonia” às portas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O objetivo era verificar a real possibilidade que os chineses comprassem a operadora brasileira.

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Entre as empresas que iniciaram conversas com a Anatel estão:

  • Nokia (finlandesa)
  • Ericsson (sueca)
  • Cisco (americana)

Quando alertados pela agência que havia um interesse real na compra da Oi, a atenção dessas empresa foi então direcionada às operadoras, como a Telecom Itália (TIMP3) e a Telefónica (VIVT4), que também estudam o negócio. A esperança era de que uma delas conseguisse antecipar as ações da chinesa.

Poliana Santos

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