Ibovespa cai aos 101 mil pontos; Via (VIIA3) recua 3,7% e Marfrig (MRFG3) cede 6,33%
O Ibovespa opera em queda de 0,55% nesta segunda-feira (3), aos 101.343 pontos, com petroleiras e dolarizadas marcando presença na ponta positiva após a valorização da commodity, ante um recuo generalizado do varejo e de praticamente todos os demais setores da bolsa.
O destaque positivo é a Prio (PRIO3), que sobe 3,3%, ao passo que a Via (VIIA3) recua 3,7% no Ibovespa hoje. A Marfrig (MRFG3) cede 6,33%, cotada a R$ 6,22.
No cenário externo, Wall Street opera sem sinal único, com alta de 0,27% no Dow Jones ante uma queda de 0,11% no S&P durante as negociações que precedem a abertura do pregão (premarket).
Já na Europa, alta de 0,5% em Londres (FTSE) e queda de 0,2% em Frankfurt (DAX). Nesse contexto, o índice pan-europeu Stoxx-600 cai 0,02%.
O petróleo Brent opera em 6,2% de alta a US$ 84 após a Opep cortar a produção de petróleo em 1,6 milhão de barris por dia na véspera.
Já o minério de ferro cai 2% a US$ 129,28.
No radar de indicadores, os PMIs vieram mistos na Europa, com destaque para o PMI Industrial do Reino Unido, de 47,9, abaixo das projeções do consenso de mercado, de 48.
No mercado doméstico, o Boletim Focus mostra uma nova elevação nas expectativas para a inflação após a apresentação do Arcabouço Fiscal na semana anterior.
Notícias que Movimentam a Bolsa de Valores hoje
- Petróleo dispara após corte da Opep
- Focus volta a projetar alta do IPCA
- Carteira do Ibovespa pode incluir IRB
Petróleo dispara, e petroleiras disparam por consequência
A cotação do petróleo Brent sobe mais de 6% no intradia desta segunda (3), a US$ 84 por barril, após uma medida das autoridades regulatórias que reduziu substancialmente a oferta da comodity na véspera.
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou que a partir de maio, cerca de 1 milhão de barris por dia serão retirados do mercado, e o corte pode chegar a 1,6 milhão no mês de julho.
Isso, considerando que a Rússia fez um corte de 500 mil barris ao dia que vigora de março a junho, mas anunciou que deve estender a medida até o fim de 2023.
Com isso, as petroleiras do Ibovespa sobem praticamente isoladas no índice, com avanço de mais de 5% da Prio (PRIO3), que lidera as altas.
A Petrobras (PETR4), por sua vez, sobe 2,5%.
Mercado volta a projetar inflação mais alta
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (3), mostra um retorno da elevação das projeções de inflação, após semanas sucessivas de quedas e estabilidade.
Agora, as estimativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano são de 5,96%, conforme as novas projeções do Boletim Focus. Anteriormente o mercado financeiro estimava 5,93%.
- IPCA: a projeção caiu para 5,96%
- PIB: a projeção caiu para 0,90%
- Dólar: a previsão do câmbio segue em R$ 5,25
- Taxa Selic: a previsão segue em 12,75%
- Balança Comercial: a expectativa para o superávit segue em US$ 55 bilhões
- Investimento Estrangeiro Direto: a previsão segue em US$ 80 bilhões
- Dívida do Setor Público: a previsão subiu para 61,15% PIB
Prévia da carteira do índice
A primeira prévia da carteira do Ibovespa que valerá de maio a agosto foi divulgada pela bolsa de valores brasileira, a B3 (B3SA3), nesta segunda-feira (3).
Dentre as mudanças na prévia da carteira teórica do Ibovespa estão a exclusão das ações do Banco Pan (BPAN4) e da EcoRodovias (ECOR3) do índice.
Além disso, a prévia inclui as ações do IRB Brasil (IRBR3), que mostram um peso de 0,101%.
Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice são: Vale (VALE3), com 15,5%, Itaú Unibanco (ITUB4) com 6,6%, Petrobras (PETR4) com 5,99%, Petrobras (PETR3) com 4,9% e Bradesco (BBDC4) com 3,7%.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da sexta-feira (31) em queda de 1,77%, aos 101.882 pontos.