B3 (B3SA3) é rebaixada duas vezes e perde status de ‘compra’; veja os três fatores que influenciaram essa decisão
As ações da B3 (B3SA3) foram rebaixadas duplamente pelos analistas do UBS-BB na quinta (30). Assim, os papéis da empresa que administra a Bolsa brasileira perderam o status de “compra” e tiveram seu preço-alvo reduzido. Na visão dos analistas Kaio Prato, Bruna Werneck e Leandro Leite, além do cenário macro desafiador, as margens mais baixas e um potencial aumento da concorrência foram os responsáveis por essa notícia negativa.
“Estamos rebaixando B3 para um rating neutro, pois acreditamos que a empresa deve enfrentar alguns ventos contrários no curto prazo, como um ambiente mais difícil para volumes de ações em 2023, tendências de queda nas margens e um potencial aumento da concorrência”, destacaram os analistas em relatório.
Com essa mudança, as ações da B3 passam a ter recomendação “neutra” pelo UBS-BB, com o preço-alvo de R$ 12,50 (antes, era R$ 15).
B3 rebaixada! Veja os motivos
De acordo com o trio, o primeiro motivo para o rebaixamento foi a redução no volume de ações na Bolsa brasileira. “A baixa visibilidade em relação a cortes nas taxas de juros, incertezas relacionadas aos cenários macro e fiscal brasileiro e a fraca atividade no mercado de capitais deve seguir impulsionando uma redução nos volumes de ações na base anual, na nossa opinião”, argumentam os especialistas.
“Além dos volumes menores, os impactos da consolidação da Neoway e da recente aquisição da Neurotech — ambos negócios com margens menores em relação à B3 — devem continuar resultando em uma tendência de queda das margens Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) daqui para frente”, prosseguem.
Além disso, o time do UBS-BB vê um “risco crescente de concorrência” após a Mubadala Capital concordar em comprar o Americas Trading Group (ATG), plataforma que pretende expandir sua atuação para o Brasil há anos.
Por volta das 16h10, as ações da B3 eram negociadas em queda de 5%, ao preço de R$ 10,26. De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, os papéis amargam queda de 34,3%.
