Ambev (ABEV3) tem alta de 4,7% após pedido de recuperação judicial de concorrente

As ações da Ambev (ABEV3) dispararam nesta terça-feira (28), com os papéis da fabricante de cerveja avançando 4,74% no fechamento do Ibovespa, cotados a R$ 14,69. Isso porque o Grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava, Crystal e Petra, entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro.

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Segundo a defesa da empresa, uma das principais concorrentes da Ambev, as dívidas somam R$ 4,2 bilhões. Desse montante, 52% dos débitos são com fornecedores e terceiros, enquanto os 42% restantes correspondem a passivos financeiros.

Nesta terça (28), a Justiça concedeu ao grupo responsável pela Itaipava uma tutela cautelar de urgência que determinou a liberação dos recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa.

A rival da Ambev afirma que a tutela era urgente a fim de evitar um “iminente estrangulamento do fluxo de caixa”.

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Ambev recuperou maior parte da participação de mercado

Enquanto Grupo Petrópolis entra com pedido de recuperação judicial, os analistas do BTG Pactual estimam que a Ambev “recuperou a maior parte, senão toda a participação de mercado que havia perdido” entre os anos de 2015 a 2019.

Na interpretação do BTG Pactual, “ao sacrificar quase metade da margem Ebitda” e renunciar a aproximadamente 43% de participação no setor, a fabricante de bebidas Ambev “conseguiu reposicionar as marcas principais para ‘lutar’ no segmento de produtos mais baratos”.

Segundo os analistas, com base na atual margem, preferência de marca e estimativa de participação justa de mercado, a crença é “que tudo só fará sentido econômico se a Ambev começar a entregar melhores preços”.

Os analistas ainda comentam que a fabricante “não é mais um ativo com múltiplo alto, embora não achemos que mereça”. O BTG Pactual cita que as ações da Ambev são negociadas com desconto em relação aos pares. No entendimento da instituição, isso contribui para o melhor risco/retorno visto “em anos”

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Janize Colaço

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