Petrobras investigará ligação de joias de Bolsonaro com refinaria
A Petrobras (PETR4) poderá abrir investigação para averiguar a relação entre a venda da Refinaria Mataripe e as joias de diamante dada pela Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), embora a refinaria tenha sido comprada pela Mubadala, do Emirados Árabes Unidos, o país saudita tem participação no fundo.
Vale lembrar que em outubro de 2021, Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do então ministro de Minas e Energias, tentou trazer ilegalmente ao Brasil joias de diamantes avaliadas R$ 16,5 milhões.
Coincidência ou não, um mês após a chegada de joias ao Brasil, Petrobras vendeu refinaria a árabes.
A refinaria foi vendida por US$ 1,8 bilhão, mas na avaliação do Ineep o preço ficou 50% abaixo do estimado e, para o BTG Pactual, foi 30% menor do que o esperado.
Em suas redes sociais, o ex-presidente negou que as joias avaliadas em R$ 16,5 milhões tenham influenciado na venda da refinaria.
“A direção petista da Petrobras desconfia, sem um mínimo de provas, do TCU e rei árabe. Isso é péssimo para nossa política externa e nossas instituições”, escreveu o ex-presidente em sua conta no Twitter.
Nesta semana, a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) aprovou três pedidos de informações sobre a venda da refinaria.
Os pedidos foram feitos pela Petrobras, Ministério de Minas e Energia e Ministério das Relações Exteriores.