Americanas (AMER3): “Elo perdido” da crise, ex-CEO Miguel Gutierrez depõe na CVM

Ex-CEO da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez chegou na manhã desta quinta (16) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no centro do Rio de Janeiro, para dar um aguardado depoimento sobre a crise na varejista. O ex-executivo é visto pelos agentes econômicos como o “elo perdido” no escândalo contábil que culminou na recuperação judicial da empresa.

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Gutierrez deve abordar em seu depoimento as anotações na coluna financeira das dívidas que têm características de débitos comerciais, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Miguel Gutierrez, que saiu da Americanas em dezembro, conforme plano previsto desde 2019 em plano de sucessão, é o maior acionista individual da companhia depois dos três acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

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Crise na Americanas

A crise contábil na Americanas explodiu no começo do ano, quando Sérgio Rial, então CEO da varejista, revelou ter encontrado inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões. Nas semanas seguintes, o caso escalou até a empresa pedir recuperação judicial com débitos que superam os R$ 40 bilhões.

De acordo com interlocutores ouvidos pelo Broadcast, Gutierrez teria sido surpreendido com a revelação do rombo contábil e ainda busca entender o que levou à atual crise da empresa. Segundo as informações públicas do caso, essas divergências contábeis ocorreram durante o período em que Gutierrez liderou a empresa.

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No mercado, seu depoimento é visto como o “elo perdido” no enredo que levou à recuperação judicial da Americanas, uma das empresas mais conhecidas do País.

A varejista está no centro das atenções desde a revelação sobre as inconsistências. A seguir, surgiu a informação de que os débitos se referiam a contratos de forfait (risco sacado), pelo qual a companhia toma crédito junto aos bancos, que recebem direto dos fornecedores.

Desde então, a Americanas conseguiu entrar em recuperação judicial. A relação com os bancos, porém, tem sido conturbada. As instituições pediram que acionistas e lideranças ficassem impedidos de vender seus bens, a queda do sigilo do processo e a quebra do sigilo dos e-mails da diretoria da varejista, entre outras medidas, que a varejista respondeu judicialmente.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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