Credit Suisse receberá liquidez “se necessário” do Banco Nacional da Suíça; entenda
O Banco Nacional da Suíça (SNB) se dispôs a fornecer liquidez ao Credit Suisse (C1SU34), caso necessário, em comunicado divulgado nesta quarta (15). Já a principal autoridade de supervisão financeira do país (FINMA, na sigla em inglês), que também assina a nota, assegurou que a empresa tende a atender às exigências de capital e liquidez impostas aos bancos considerados “sistematicamente importantes”.
Em referência à quebra de Silicon Valley Bank (SVB) e Signature Bank, os dois órgãos ressaltaram que as turbulências no setor bancário americano não representam um risco direto de contágio aos mercados financeiros suíços.
“Os rigorosos requisitos de capital e liquidez aplicáveis às instituições financeiras suíças garantem sua estabilidade”, asseguraram.
SNB e FINMA acrescentam que monitoram os desdobramentos recentes nos mercados, sem mencionar a negativa do principal acionista do Credit Suisse em fazer novo aporte no banco suíço, que renovou o estresse nas mesas de operações globais hoje.
Credit Suisse: O que está acontecendo?
As ações do banco suíço caíram mais de 24% após serem apontadas “novas inconsistências no balanço”, e o investidor saudita Saudi National Bank descartar um novo socorro.
“A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples, que é regulatória e estatutária”, disse o presidente do SNB, Ammar Al Khudairy, em entrevista à Bloomberg TV, sobre o aporte.
Na terça (14), o Credit Suisse havia dito ter identificado “fraquezas significativas” na divulgação de resultados financeiros dos últimos anos em função de controles internos ineficientes.
No relatório anual de 2022, o banco suíço disse que sua liderança, incluindo o CEO Ulrich Körner e o diretor financeiro Dixit Joshi, que começaram a trabalhar na instituição no ano passado, concluiu que seus controles não são eficientes.
Apesar das falhas, o Credit Suisse disse que suas demonstrações financeiras “representam razoavelmente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira consolidada do grupo”. Você pode ler mais sobre o caso aqui.
Com Estadão Conteúdo