Eletrobras (ELET3) abre concurso para renovar quadro de funcionários

A Eletrobras (ELET3) abriu processo seletivo para contratar 832 pessoas nas subsidiárias Eletronorte, CGT Eletrosul, Furnas e Chesf a fim de aumentar a diversidade dos empregados da companhia, conforme já havia antecipado o presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior. O executivo declarou, no início deste ano, que era preciso “oxigenar” o quadro de funcionários, cuja média de idade é alta.

O processo seletivo da Eletrobras ocorre em um momento em que a companhia promove um Programa de Demissão Voluntária (PDV), que já recebeu a adesão de mais de 2,5 mil pessoas, segundo Ferreira Júnior.

“O objetivo da companhia é trazer novos talentos e renovar a força de trabalho, direcionando as contratações de modo a aumentar a diversidade, em várias dimensões, no quadro de funcionários”, disse a empresa em nota nesta quinta-feira, 9.

As contratações para posições efetivas da Eletrobras serão realizadas via regime CLT e serão para áreas operacionais, de manutenção e operação, com os níveis médio, médio-técnico e superior.

Entre os benefícios oferecidos estão vale-transporte, auxílio alimentação/refeição, previdência complementar e plano de saúde.

“Com o processo seletivo, as empresas da Eletrobras avançam na direção de um quadro de colaboradores com uma rica composição de jovens talentos e experientes profissionais, incentivando a troca de experiências e aprendizado”, disse a companhia.

Antes da privatização, feita no ano passado, a Eletrobras tinha 26 mil funcionários. Atualmente, tem 10,5 mil.

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Quais as chances de a empresa voltar a ser estatal?

Em meio a um cenário de discussão sobre teses de empresas estatais com a nova gestão governamental, analistas do UBS-BB destacam que uma parte considerável do que é falado sobre a Eletrobras (ELET3) é ruído e não deve afetar os fundamentos da empresa.

Contudo, os especialistas destacam que ‘o fluxo de notícias negativo tem afetado as ações’. Juntamente com outros fatores, esse contexto faz com que as ações da Eletrobras caiam 12% no acumulado dos últimos 30 dias e 26% em seis meses.

Desde o resultado das eleições, a queda fica próxima de 30%, ao passo que o Ibovespa caiu cerca de 6% e o índice de empresas elétricas da bolsa (IEEX) caiu 9%.

Um dos fatores que se somam aos rumores políticos que afetam a Eletrobras é o excesso de oferta recente de energia, o que contribuiu para uma melhor hidrologia resultando na queda dos preços de energia, formando um gatilho relevante para derrubar a performance de ELET3.

Entretanto, a tese ainda é de que a empresa tem fundamentos sólidos e mostra um processo de privatização que não dá margem para que a companhia volte a ser uma estatal.

“O governo eleito tem se manifestado ativamente sobre a privatização da Eletrobras. É importante destacar que a Eletrobras é hoje uma empresa privada empresa focada em ganhos de eficiência e meritocracia. Além disso, a o processo de privatização da Eletrobras foi aprovado pelo Congresso Nacional enquanto estava sendo fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU)”, apontam os especialistas do UBS-BB,

Além disso, apontam que as alterações estatutárias já foram aprovadas pelo Governo Federal.

“A Eletrobras é hoje uma empresa privada com foco em capital e ganhos de eficiência, que acreditamos frutifiquem a médio prazo por meio de uma redução de empréstimos compulsórios, redução de despesas e melhor eficiência. No longo prazo, esperaramos que a Eletrobras busque ganhos de eficiência nas vendas de energia não contratada”, concluem os especialistas.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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