Do zero ao primeiro investimento: por quais aplicações devo começar a investir?

Quem deseja começar a investir acaba se sentindo perdido com a prateleira de opções disponíveis no mercado: Tesouro Direto, ações, fundos, BDRs e por aí vai. No entanto, em meio a todas essas possibilidades, qual deve ser o primeiro passo do novo investidor?

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Na visão dos especialistas, o novo investidor deve começar neste universo após realizar um raio-x da sua vida financeira e organizar suas contas.

Sem dívidas pelo caminho, a jornada dos investimentos deve começar com a construção da reserva de emergência.

“O tipo de investimento ideal para esta reserva de emergência é aquele que tem liquidez diária, ou seja, dinheiro disponível a qualquer instante, além de baixíssimo risco, como o Tesouro Selic ou CDB-DI de grandes bancos”, explicou Daniela Mir, planejadora financeira pela Planejar.

Como detalhado pela especialista, os melhores destinos para investir na reserva de emergência são:

  • Tesouro Selic;
  • CDBs com liquidez diária;
  • Alguns fundos de renda fixa.

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Meu primeiro investimento: o que significa cada produto?

O Tesouro Selic é considerado uma das aplicações de renda fixa mais seguras do País, devido à garantia do Tesouro Nacional.

Aqui, o investidor empresta dinheiro ao governo em troca de juros indexados à Taxa Selic. A principal diferença do Tesouro Selic para outros produtos do Tesouro Nacional é a alta liquidez.

Nesta opção de investimento no Tesouro Direto, o tempo de resgate é de D+1, ou seja, o dinheiro fica disponível na conta no dia útil seguinte à solicitação.

Os interessados em investir no Tesouro Direto devem realizar os aportes por meio de uma instituição intermediária, como bancos e corretoras, ou pela própria plataforma do Tesouro Direto.

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Outra opção são os investimentos em CDBs, os Certificados de Depósito Bancário. Aqui, a lógica é similar à do Tesouro Selic, mas, em vez de você emprestar dinheiro para o governo, o credor da vez são os bancos.

Em troca desse “empréstimo”, o investidor recebe os juros da operação, correspondentes à rentabilidade do papel. O CDB-DI é a modalidade mais tradicional desse tipo de investimento e refere-se à rentabilidade vinculada ao CDI, que acompanha de perto a taxa básica de juros brasileira, a Selic.

O valor investido fica disponível para resgate no dia útil seguinte da aplicação ou no mesmo dia, conforme cada banco.

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Os fundos de renda fixa completam essa tríade. Esses produtos são fundos de investimentos em que, geralmente, 80% do patrimônio é alocado em ativos de renda fixa, como títulos do Tesouro, CDBs, debêntures e LCI/LCA.

A vantagem aqui é que os fundos contam com um gestor profissional, que possui autonomia para operar os recursos aportados nessas aplicações e, assim, busca uma rentabilidade um pouco acima da Selic ou do CDI. Contudo, aqui são cobradas taxas de administração e, conforme o direcionamento de cada gestor, existem variações de risco e rentabilidade.

“É preciso validar se o fundo não possui volatilidade, ou seja, se o valor de suas quotas não oscila para mais e para menos no dia a dia e nem mesmo em grandes ocorrências que impactam o mercado financeiro. Os fundos nem sempre podem trazer a certeza de que terão baixíssimo risco a todo tempo e ainda demandam uma maior análise para investir”, destacou a especialista.

Após o interessado pelo universo financeiro começar a investir na sua reserva de emergência, ele deve buscar mais informações sobre os produtos disponíveis no mercado e ingressar em outros produtos como ações, BDRs, entre outros.

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Erick Matheus Nery

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