EDP (ENBR3) vai fechar capital e sair da bolsa? Ações fecham em alta de quase 15%
A EDP (ENBR3) pode fechar seu capital no Brasil em uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), com a compra de todas as ações pela sua controladora, a EDP de Portugal. A possibilidade foi oficialmente tornada pública por meio de fato relevante.
Atualmente a controladora possui 56% do capital da EDP Brasil, ao passo que 41% das demais ações são negociadas em bolsa (free float). Os 2,6% restantes estão em tesouraria.
A oferta é por R$ 24 por ação da EDP, um valor 22% maior do que a cotação atual dos papéis ENBR3.
Além disso, é um preço por ação jamais atingido pela companhia em seus quase 20 anos como empresa pública e listada na bolsa de valores.
Conforme o regramento atual, dois terços dos acionistas que possuem ações do free float devem aceitar a proposta para que ela vá adiante.
Vale destacar que nenhum investidor que está nessa parcela de acionistas possui uma fatia do capital relevante da empresa – acima de 5% – conforme dados atualizados pelo Status Invest.
Se todos os acionistas resolverem vender os papéis na OPA da EDP, a operação deve movimentar cerca de R$ 5,7 bilhões, dado o número total de ações detidos por investidores que representam o free float.
Além disso, com a oferta a R$ 24, a controladora avalia que o valor de mercado da EDP beira os R$ 14 bilhões – ao passo que na cotação atual, o valuation é de R$ 11,4 bilhões.
Nesta quinta (2), com a notícia do OPA, as ações da EDP fecharam em alta de 14,72%, cotadas a R$ 22,52.
EDP fora da bolsa, mas dentro do Brasil
O Objetivo da administração com a oferta é de reforçar a posição da controladora no Brasil. A gestão alega que a empresa “possui um alto valor agregado e estratégico ao negócio, além de ser uma aposta no mercado brasileiro”.
A operação da EDP no Brasil, com isso, deve se manter inalterada.
Atualmente a EDP atua nos segmentos de geração, distribuição, e transmissão de energia elétrica, atendendo um volume de cerca de 3,8 milhões de clientes.
Os clientes são atendidos através de duas concessionárias, em São Paulo e no Espírito Santo.
Além disso, a EDP tem uma participação indireta no setor elétrico de Santa Catarina, considerando que a companhia detém 29% do capital social da Celesc (CLSC3),