Magazine Luiza (MGLU3) vs Kabum vira caso de polícia; irmãos fazem BO contra varejista
Os irmãos Leandro e Thiago Ramos, fundadores do Kabum, fizeram um boletim de ocorrência contra o Magazine Luiza (MGLU3). Segundo informações divulgadas na terça (28), a varejista teria se apropriado indevidamente de documentos e pertences dos executivos. Ao Suno Notícias, o Magalu negou o caso.
De acordo com o site Metrópoles, a dupla recebeu uma ligação de um representante do Magalu dizendo que o contrato de trabalho deles estava suspenso por tempo indeterminado.
Os irmãos seguiam na direção do Kabum mesmo após a venda do negócio para o Magazine Luiza, finalizada em 2021 pelo preço de R$ 3,5 bilhões. Com o desligamento, todos os equipamentos da empresa utilizados pelos executivos foram retidos. Em seguida, demais colaboradores também foram afastados, e os “pertences” tecnológicos desses ex-funcionários também foram confiscados.
De acordo com o BO, o Kabum concordou em entregar os equipamentos utilizados pelos irmãos Ramos após um backup das informações disponíveis nas máquinas. Enquanto as cópias eram feitas, policiais militares teriam chegado na sede e, junto com advogados, solicitado a devolução imediata dos materiais. Assim, uma discussão teria sido protagonizada entre os executivos da empresa.
Procurado pelo Suno Notícias, o Magazine Luiza limitou-se a dizer que os notebooks pertencem ao Kabum. Confira o posicionamento na íntegra:
O Magalu informa que os notebooks Sony Vaio(identificação 00738) e Acer (013842) são propriedades da KaBum! e, portanto, pertencem à companhia controladora.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não respondeu os questionamentos e os irmãos Ramos não foram localizados pela reportagem.
Magazine Luiza vs fundadores do Kabum
A guerra entre a varejista da família Trajano e os irmãos Ramos explodiu no começo desta semana. Segundo o jornal Valor Econômico, os irmãos acusam o Itaú BBA de conflito de interesses durante as negociações para a venda do Kabum ao Magalu.
Os advogados dos irmãos argumentam que o banco “manobrou para que propostas ou negociações com outros interessados fossem sabotadas, minadas ou abandonadas de modo que [os sócios do Kabum] fechassem negócio com o Magazine Luiza”.
Contudo, a tese é sustentada por indícios e suspeitas. Por isso, os advogados pediram a produção antecipada de provas, pois ainda não têm “fatos cruciais” nas mãos para abrir uma ação indenizatória.
Nos trâmites do processo, o Itaú BBA contestou todas as acusações e afirmou que essa “manobra” da produção antecipada de provas está sendo solicitada porque a dupla não tem como sustentar a denúncia de suposta sabotagem na operação de venda do Kabum ao Magazine Luiza.
Nos trâmites do processo, o Itaú BBA contestou todas as acusações e afirmou que essa “manobra” da produção antecipada de provas está sendo solicitada porque a dupla não tem como sustentar a denúncia de suposta sabotagem na operação de venda do Kabum ao Magazine Luiza.
De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, os papéis MGLU3 acumulam queda de 47,39%.