Cade aprova compra da Nextel pela dona da Claro
Nesta segunda-feira (9), a Claro, controlada pela mexicana América Móvil, recebeu a autorização para comprar a Nextel Holdings.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu o aval para a aquisição da Nextel por R$ 3,47 bilhões pela Claro. O negócio está de acordo com a estratégia da Claro de ampliar a capacidade de atendimento da demanda por consumo de dados móveis.
O próximo passo para a conclusão do negócio é a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
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Na transação, a América Móvil irá adquirir a fatia de 70% da Nextel pertencente à NII Internacional Holdings e os 30% da Al Brazil Holdings, se tornando a dona de todo o capital social da Nextel.
Mudanças da operação da Claro em 2019
A América Móvil tem tido um ano movimentado no Brasil. Além da aquisição da Nextel próxima de ser concluída, a companhia já iniciou a junção de duas das suas principais marcas.
A NET, grande provedora do serviço de TV por assinatura no País, vai se incorporar à Claro.
Segundo a direção da empresa, os serviços continuarão os mesmos. Planos e canais de atendimento continuam sem alterações nos modelos e preços. As mudanças, à princípio, serão visuais. Além da conta mensal, que passará a vir com o emblema da Claro e não da NET, as lojas, aplicativos e sites serão atualizados.
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Itens como aparelhos e controles remotos serão substituídos pouco a pouco. Os novos clientes receberão os itens físicos com a substituição da marca, entretanto, para os atuais, mantem-se os mesmos.
Segundo analistas, a fusão pode trazer impactos relevantes para o segmento de telefonia. Em São Paulo, por exemplo, existe a possibilidade de incomodar a líder Vivo, tem possui 36% do market share. Atualmente, a Claro tem 25%, enquanto a TIM possui 24% e a Nextel 3,1%.
“Mas se for analisar o market share em pós-pago em São Paulo, isso muda: a Vivo tem 41%, a Claro 26%, a TIM 18%, e a Nextel, 5%. Comprando a Nextel, a Claro reforça o posicionamento em São Paulo, e a Vivo passa a ter um competidor mais robusto”, disse Susana Salaru, analista do Itaú BBA.