Sabesp (SBSP3): estudo para privatização fica pronto até o fim de março, diz secretário
Rafael Benini, secretário de Parcerias e Investimentos do Estado de São Paulo, disse que os estudos para a privatização da Sabesp (SBSP3) ficarão prontos até março. Nesta segunda (27), o aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) destacou que a ideia da sua pasta não é trazer dinheiro para São Paulo, mas sim cuidar das Parcerias Públicos Privadas (PPPs).
O secretário disse ainda que há 1.800 quilômetros de estradas para conceder à iniciativa privada em São Paulo. Benini participou do Fórum São Paulo Global, organizado pelo Grupo Voto.
Benini afirmou também que o governo do Estado de São Paulo vai retomar as concessões de estradas no litoral para evitar interrupções de rodovias na região, como as que aconteceram este ano em decorrência das chuvas. “A Mogi-Bertioga todo ano tem problemas. Passando isso para a iniciativa privada a gente acredita que resolve este problema”, disse.
No evento, o gestor destacou que a Secretaria tem também um grande projeto de mobilidade urbana e citou a linha 19 da CPTM e as linhas 10 e 14 do Metrô. “Pretendemos levar o Metrô para fora de São Paulo”, ressaltou Benini.
Privatização da Sabesp
Um dos planos do governador é a privatização da Sabesp. A ideia é seguir os moldes do que foi feito na Eletrobras (ELET3) e a iniciativa pode promover a diminuição das tarifas pagas pelos paulistas.
“A gente está falando aqui da prorrogação dos contratos, por exemplo, da Sabesp; de aumentar e antecipar investimento. Quando você aumenta o prazo, consegue também abaixar a tarifa. É possível fazer essa essa junção de questões regulatórias para ter esse objetivo final”, explica Natália Resende, secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente e Logística de São Paulo.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo no final de janeiro, a secretária detalha que, mesmo com a privatização da Sabesp, o governo paulista visa ter um golden share na companhia — assim, o Estado segue com poder de voto em decisões estratégicas.
“[O Estado] Perde o controle acionário, mas permanece com o poder de veto, digamos, em relação a assuntos estratégicos. Exemplo é a questão dos investimentos em locais em que ainda não chegou o saneamento. Então isso é um assunto estratégico para o Estado que muitas vezes o privado vai olhar e falar ‘onde que para mim é mais rentável fazer o investimento’, mas para o Estado todo local é importante”, comenta.
Para Natália, existe interesse da iniciativa privada pela companhia, mesmo que esses investidores não tenham a palavra final no negócio.
“O que atrai o privado é o projeto como um todo. A empresa tem muito valor. Às vezes o pessoal foca muito no ativo na empresa e esquece do que é mais importante, que é o serviço. O que a gente está pensando aqui é como melhorar o serviço, com uma tarifa mais módica e atingindo esses locais”, destaca.
Sabesp no Ibovespa hoje
Por volta das 14h45 do Ibovespa hoje desta segunda, as ações da Sabesp eram negociadas em alta de 0,95%, ao preço de R$ 53,19.
Nos últimos doze meses, as ações da Sabesp registram alta de 27,28%.
Com Estadão Conteúdo
