Câmara dos Deputados poderia abrir uma CPI das criptomoedas
A Câmara dos Deputados estaria prestes a pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre criptomoedas. O deputado federal Áureo Ribeiro (SD/RJ) quer a abertura de uma investigação as empresas ligadas ao mercado de criptomoedas. A informação foi divulgada pelo jornal “Correio Braziliense”.
Em particular, a CPI sobre criptomoedas investigaria as corretoras que operam com esses ativos. O pedido do deputado chega após a realização de uma audiência pública sobre o Projeto de Lei nº 2303.
Criptomoedas no centro das atenções
O texto, de autoria do próprio deputado Ribeiro, apresenta uma série de regras e regulações para o mercado das criptomoedas. Uma lei que surgiu após os recentes problemas apresentados pelo Grupo Bitcoin Banco.
Na audiência foram convidados o diretor jurídico do Bitcoin Banco, Leonardo Cordouro, e o consultor jurídico do grupo, Jorge Luís Fayad. Isso pois a situação da instituição financeira foi analisada durante o evento. Entretanto, nenhum dos dois participaram da audiência.
“O Bitcoin Banco é tudo que a gente tem de ruim que está acontecendo no mercado de moedas digitais no Brasil hoje. O Bitcoin Banco está com o dinheiro de várias pessoas que investiram nessa empresa e que estão com o dinheiro preso”, declarou o deputado Ribeiro durante o evento.
Bitcoin Banco suspendeu pagamentos
No final de agosto o Grupo Bitcoin Banco (GBB) anunciou que os sites das sua principais exchanges ficarão fora do ar.
A instituição financeira está desde maio sem distribuir investimentos e rendimentos em forma de Bitcoin, a NegocieCoins e a TemBTC ficarão fora de atividade por uma semana.
Saiba mais: Grupo Bitcoin Banco tira site do ar para “reformulações”
Após várias promessas não cumpridas, o último prazo oferecido pelo GBB para quitar os saldos com os clientes expira no dia 9 de setembro.
O Grupo afirmou que desde julho não é possível quitar os saldos com seus clientes pois uma auditoria está em andamento.
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Para o jornal “Valor”, a assessoria do grupo disse que a retirada dos sites do ar “é resultado de uma auditoria com a EY que levou o GBB a rever processos que irão intensificar a segurança e oferecer uma plataforma mais profissional para traders”.
A EY confirmou que foi contratada, mas não esclareceu detalhes da operação, nem se a não conclusão desse trabalho impacta no processo de pagamento aos investidores.
CVM abriu investigação
Outro caso envolvendo criptomoedas é aquele com a Investimento Bitcoin. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu uma investigação para apurar uma possível fraude da empresa.
A Investimento Bitcoin promete rendimentos de 1% a 2% ao dia para seus clientes. No entanto, para a área técnica da CVM, a empresa possui “indícios de fraude na captação de recursos de terceiros, com características típicas de pirâmide financeira“.
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O sistema de pirâmide busca atrair pessoas interessadas em obter “dinheiro fácil”, através de pouco esforço e resultados significativos a curto prazo. Essa atividade tem uma duração limitada, já que o próprio modelo não se sustenta e somente os primeiros investidores conseguem o retorno prometido
O site da empresa não possui nenhuma informação sobre o endereço, os nomes dos donos ou até mesmo um telefone para contato. A dificuldade dos clientes em contatar a corretora de criptomoedas é responsável pela maior parte das reclamações da Investimento Bitcoin no site Reclame Aqui.