Fed: Guerra comercial deve diminuir crescimento do PIB dos EUA em mais de 1%

De acordo com especialistas do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), o crescimento econômico dos EUA deve diminuir mais de 1% por causa das incertezas comerciais vividas nos últimos meses com a China. A declaração foi dada na noite da última quinta-feira (5).

“O aumento [das incertezas com a política comercial] em 2018 e 2019 foi acompanhada por uma desaceleração da produção industrial mundial e do comércio global“, confirma a pesquisa divulgada pelo Fed.

A pesquisa feita pelo Federal Reserve teve como base artigos de jornais e resultados de companhias durante este período de entraves comerciais vividos com a China.

Algumas variáveis levadas em conta foram as alterações na produção das indústrias, as políticas comerciais aplicadas e outras mudanças que poderiam causar um efeito negativo ou positivo no PIB dos Estados Unidos.

De acordo com a equipe de economistas do Fed, o avanço das incertezas comerciais nos primeiros seis meses do ano passado fez com que a economia mundial deixasse de crescer 0,8% neste ano.

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Segundo os economistas do Fed, o PIB poderia começar a ter uma perspectiva mais positiva caso “as tensões comerciais não tivessem apresentado uma nova escalada em maio e junho de 2019”.

Como a guerra comercial não teve trégua, o PIB pode cair neste semestre e em 2020, segundo os analistas do Banco Central dos EUA. “A renovada incerteza desde maio de 2019 aponta para efeitos em cadeia adicionais que poderão derubar mais o PIB no segundo semestre de 2019 e em 2020”.

Veja também: Juros futuros caem após desaceleração de criação de empregos dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem criticado o Federal Reserve constantemente. Entretanto o Fed afirmou no mês passado que “não há precedentes recentes que orientam qualquer resposta política à atual situação”. O presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, ainda disse que “a política monetária é um instrumento poderoso para a economia, mas não pode fornecer um manual para o comércio internacional.

Juliano Passaro

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