Bolsonaro demite presidente da ABDI após denúncia de “pedidos não republicanos”

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luiz Augusto Ferreira, foi exonerado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (4).

O Diário Oficial da União informou que Ferreira foi demitido pelo presidente Bolsonaro, e Igor Nogueira Calvet será nomeado o novo presidente da ABDI.

O mandatário havia se pronunciado na última segunda-feira (2) sobre a possível demissão do ex-presidente ou do secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos Costa, após as denúncias de “pedidos não republicanos”.

A medida exercida por Bolsonaro foi feita após apuração da acusação, pois no Palácio da Alvorada, em entrevista aos jornalistas, Bolsonaro informou que assim que teve conhecimento da acusação contactou o ministro Paulo Guedes para apurar o caso.

“Tomei conhecimento, estou louco para saber. Entrei em contato com o ministro Paulo Guedes para saber que pedido é esse”, disse o mandatário.

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Ferreira denunciou Costa por ter feito “pedidos não republicanos”. Desse modo, Bolsonaro afirmou que um dos dois no mínimo iriam “perder a cabeça”.

“Um dos dois, no mínimo, vai perder a cabeça. Porque não pode ter uma acusação dessas. Daí vão dizer que ele ficou lá, porque tem uma bomba embaixo do braço. Não é esse o meu governo. Um dos dois, ou os dois perderão a cabeça”, disse o presidente da República.

Bolsonaro exonera presidente da ABDI

No último sábado (31), em entrevista à revista “Veja”, Ferreira acusou o secretário especial de pedidos não republicanos. O presidente não especificou quais pedidos, somente reafirmou que não atendeu.

“Não posso abrir agora. Por mais que eu tenha uma vontade enorme de falar, não posso voltar atrás na palavra que dei neste momento”, disse o presidente.

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A entrevista foi realizada após sua “demissão” pelo secretário. De acordo com Costa, o desligamento do subordinado foi porque ele não estava entregando os resultados planejados. Porém, Ferreira não aceitou a decisão.

“Não tenho a menor dúvida que o motivo da discussão da minha saída é o ódio do secretário Carlos da Costa porque não atendi aos pedidos não republicanos dele. Sigo a determinação do presidente Bolsonaro de não atender vagabundo na administração pública”, disse Ferreira.

Poliana Santos

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