Agência Moody’s muda perspectiva da Vale para estável

A agência de classificação Moody’s subiu, nesta segunda-feira (02) a perspectiva para o rating da Vale (VALE3), passando de negativa para estável, mas ainda com a nota “Ba1”.

Segundo a agência, os passivos financeiros da mineradora e a maior visibilidade dos custos depois do acidente em Brumadinho são suficientes para uma mudança no rating da Vale.

Segundo a Moody’s: “A Vale provisionou um total de US $ 6 bilhões no 1S2019, que abrange ações de recuperação socioeconômica e ambiental das áreas afetadas e será desembolsado principalmente no período 2019-2021. Como a Vale continua gerando fluxos de caixa livres positivos, não esperamos um impacto significativo na liquidez ou alavancagem da empresa.”

“O retorno gradual das operações que foram suspensas após o acidente também é uma consideração pela perspectiva estável. Das 93 milhões de toneladas de minério de ferro perdidas ou suspensas após o acidente, cerca de 42 milhões de toneladas retornaram, 20 milhões de toneladas poderão retornar gradualmente no final de 2019 / início de 2020 e os 30 milhões de toneladas restantes relacionados ao descomissionamento de barragens de rejeitos a montante retorno em cerca de 2-3 anos.”, completou a Moody’s.

Vale registrou prejuízo líquido no segundo trimestre

A Vale obteve prejuízo líquido de R$ 384 milhões no segundo trimestre de 2019. No mesmo período do ano passado, a empresa registrou R$ 306 milhões de lucro. Os resultados trimestral da mineradora foram divulgados nesta quarta-feira (31).

Saiba mais: Vale registra prejuízo líquido de R$ 384 milhões no 2ºT19

Entre janeiro e março de 2019, a Vale já havia registrado prejuízo de R$ 6,4 bilhões. Os resultados negativos são motivados pela ruptura da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, que ocorreu em janeiro deste ano.

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A receita líquida registrada pela Vale no segundo semestre de 2019 foi de R$ 36 milhões, 15,28% a mais em comparação ao último ano. Em comparação ao primeiro semestre deste ano, a receita aumentou R$ 5 bilhões. A alta foi motivada pelo aumento no número de vendas e preços.

Rafael Lara

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