Nestlé está repensando a compra de produtos da região amazônica

A líder mundial do segmento agro-alimentar, Nestlé, informou que está repensando a compra de subprodutos de carne e cacau da região amazônica. A empresa afirma estar “profundamente preocupada” com os incêndios na floresta.

A Nestlé compra óleo de palma, soja, carne e cacau de estados localizados no bioma Amazônia .A multinacional suíça procura se precaver de uma imagem negativa que poderia ocorrer com uma eventual suspeita de que contribui para o desmatamento.

Nestlé quer se desmarcar de imagem prejudicial

Em meio a essa possibilidade, a matriz da empresa, em Vevey, na Suíça, reitera que a aquisição do óleo de palma é certificada pelo Padrão de Fornecimento Responsável da Nestlé (RSPO, na sigla em inglês), estruturado pela empresa.

Em relação à compra da soja brasileira, a companhia afirma ter a certificação ou verificação Proterra da Profortest para a compra da commodity.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/06/1080X250.png

A companhia diz que se comprometeu com a Moratória da Soja Amazônica, acordo de 2006 que propõe que comerciantes não adquiram soja cultivada em terras desmatadas da Amazônia.

“Agora estamos analisando nossas compras de subprodutos de carne e cacau da região para garantir que estejam alinhados com nosso Padrão de Fornecimento Responsável e para tomar ações corretivas onde for necessário”, comunica a Nestlé.

A companhia diz que em 2010 assumiu um compromisso ambiental, de forma que seus produtos não sejam ligados ao desmatamento ou qualquer outra degradação ao meio ambiente.

“Se forem identificadas lacunas, colaboramos com os fornecedores para entregar planos de mitigação e rastrear a eficácia das ações tomadas”, afirmaram.

Veja também: Declaração de Macron sobre Amazônia foi oportunista, diz Tereza Cristina

Para alcançar esse objetivo, a empresa diz utilizar uma combinação de ferramentas, incluindo mapeamento da cadeia de suprimentos, certificação, monitoramento por satélite e verificação na região.

Em um caso similar, a empresa Boa-Franc, do Canadá, comunicou a suspensão definitiva da compra de madeira oriunda da Amazônia, segundo o jornal “Journal de Montreal”. A companhia de Quebec foi acusada de ter importado 257 toneladas de madeira da Tradelink Madeiras, no Brasil.

Essa empresa teria sido incriminada de violar regulamentações locais relacionadas ao desmatamento. A denúncia foi feita em abril pela ONG Amazon Watch, da Califórnia, nos Estados Unidos. Além de cumprir com o seu papel com o meio ambiente, é isso que a Nestlé também quer evitar.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno