Grupo Bitcoin Banco tira site do ar para “reformulações”

Na última sexta-feira (30), o Grupo Bitcoin Banco (GBB) anunciou que os sites das sua principais exchanges ficarão fora do ar.

Desde maio sem distribuir investimentos e rendimentos em forma de Bitcoin, a NegocieCoins e a TemBTC ficarão fora de atividade por uma semana.

Segundo a direção do grupo, a interrupção está programada para começar à meia-noite deste domingo (1) e terminar no próximo domingo (8). O objetivo é a “parametrização e a reformulação das exchanges a partir da revalidação de cadastro dos clientes ativos”.

Após várias promessas não cumpridas, o último prazo oferecido pelo GBB para quitar os saldos com os clientes expira no dia 9 de setembro.

O Grupo afirmou que desde julho não é possível quitar os saldos com seus clientes pois uma auditoria está em andamento.

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Para o jornal “Valor”, a assessoria do grupo disse que a retirada dos sites do ar “é resultado de uma auditoria com a EY que levou o GBB a rever processos que irão intensificar a segurança e oferecer uma plataforma mais profissional para traders”.

A EY confirmou que foi contratada, mas não esclareceu detalhes da operação, nem se a não conclusão desse trabalho impacta no processo de pagamento aos investidores.

Clientes temem um calote dos investimentos em Bitcoin

A retirada dos sites do ar e uma informação repassada em grupos no WhatsApp e no Telegram dizendo que o dono da empresa, Claudio Oliveira, teria reunido colaboradores do Grupo para anunciar o seu afastamento, levantaram rumores de que a empresa estaria tramando um calote.

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Usuários desses grupos que se identificaram como advogados aconselharam os clientes a colher todo tipo de provas.

Os investidores, portanto, inciaram uma “corrida por prints” dos seus saldos e telas principais enquanto os sites ainda estão no ar, para que possam utilizar em processos na Justiça caso necessário.

“Quem não retirou os logs e prints dos saldos e históricos, esta é a hora. Vamos pegar todo tipo de prova que conseguir meus amigos”, disse um dos integrantes desses grupos.

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“Dica: prints não têm tanta validade jurídica. Como já se passam das 17h, não podemos ir no cartório. Sugestão: façam vídeos, sem cortes, e façam ata notarial”, afirmou outro membro na última sexta-feira (30)

Já existem ao menos 100 ações em tramitação na Justiça contra Oliveira. Em algumas delas, foi alvo de busca e apreensão. Em outra teve seu passaporte confiscado.

Ao “Valor”, a empresa nega que o ‘Rei do Bitcoin‘ esteja se afastando. “O acionista estará em seu escritório em Curitiba cuidando da organização de etapas da solução em andamento”, disse a assessoria.

Jader Lazarini

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