Oi (OIBR3) dispara 18% após reunião com reguladores e ‘abertura de portas’; entenda motivos
A Oi (OIBR3) tem 60 dias corridos para encaminhar documentos detalhando sua atual situação financeira à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e também deve abrir as portas das suas reuniões para os reguladores, franqueando o acesso ao Conselho de Administração.
Nesse contexto, as ações da Oi subiram mais de 10% no intradia por volta das 11h. O rali veio após às 10h25, sendo que em pouco menos de meia hora os papéis subiram mais de 18% após abrirem o pregão em queda.
Na última sexta-feira (3), justamente a Anatel criou um grupo de trabalho para verificar “eventuais riscos à continuidade do serviço, aos direitos dos usuários, à qualidade da prestação e à manutenção das condições de outorga”
Nos documentos a serem entregues pela Oi nos próximos dois meses, assim, a empresa deve entregar um comparativo entre o fluxo de caixa atual e o projetado em seu plano de reestruturação no âmbito da recuperação judicial.
Além disso, a empresa de telecomunicações deve detalhar seus empréstimos e seus investimentos e desinvestimentos já feitos e os planejados para o futuro.
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Vale lembrar que ainda nesta segunda-feira (6) a Oi apresentou uma dívida de R$ 29,751 bilhões, somando pendências com 14 instituições financeiras.
O documento foi apresentado à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde a empresa deve balizar uma nova recuperação judicial, há algumas semanas de ter encerrado um outro processo de recuperação judicial.
Veja abaixo com quem a OIBR3 tem dívidas.
- BNY Mellon (US$ 1,73 bilhão ou R$ 9 bilhões)
- GDC Partners (R$ 8,26 bilhões)
- Wilmington (US$ 1,03 bilhão ou R$ 5,36 bilhões)
- China Development Bank (US$ 731,97 milhões ou R$ 3,82 bilhões)
- Itaú BBA (R$ 2 bilhões)
- Fundação Atlântico de Seguridade Social (R$ 948,12 milhões)
- Banco do Nordeste do Brasil (R$ 156,4 milhões).
- Banco da Amazônia (R$ 100 milhões)
- Bradesco (R$ 34,4 milhões)
- ABC Brasil (R$ 2,5 milhões)
- Santander (R$ 2,2 milhões)
- BNP Paribas (R$ 675 mil)
- Fibra (R$ 29 mil)
- Modal (R$ 25 mil)
Imbróglio judicial da Oi
Com a situação se complicando e o cerco sendo fechado, a companhia pediu na última semana, às pressas, uma tutela de urgência.
A empresa alegou que uma das características dessa proteção jurídica é a suspensão dos efeitos de inadimplemento das dívidas que ela tem.
O pedido foi aceito pela justiça carioca.
As informações divulgadas pela Oi até então – assim como os rumores de fontes anônimas na imprensa – mostram que a empresa ainda não chegou a um acordo para quitar sua dívida bilionária, tornando praticamente iminente um novo processo de recuperação judicial.