Americanas (AMER3) estuda empréstimo bilionário mesmo com “nome sujo”; Lemann e sócios teriam que desembolsar US$ 1 bi

A Americanas (AMER3) estuda realizar um empréstimo-ponte para empresas com problemas, ferramenta conhecida como DIP. Segundo informações divulgadas nesta terça (31), o crédito seria em torno de US$ 2 bilhões, sendo que metade teria que ser aportada pelos acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

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Em recuperação judicial com R$ 43 bilhões em dívidas, a varejista está em situação delicada para conseguir dinheiro nos bancos. E, de acordo com as fontes do Estadão/Broadcast, será ainda mais difícil conseguir os recursos sem a participação dos bilionários.

De acordo com a reportagem, o aporte pode sair nos próximos dias e as conversas já estão sendo feitas, inclusive com fundos nacionais e internacionais que compram papéis de empresas com problemas.

Nesse cenário, uma das possibilidades é de que a Americanas ofereça algumas das suas unidades de negócio como garantia aos novos credores.

O empréstimo bilionário na Americanas seria uma forma de manter a companhia em funcionamento, mas só no curto prazo, de acordo com as fontes. Enquanto o plano de recuperação judicial não é formatado e iniciado, a varejista fica nessa corda bamba para manter sua atividade, pagar funcionários e seguir tendo estoque.

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Americanas: aportes à vista?

Segundo a Coluna do Broadcast, o trio de acionistas de referência tem sido cobrado a realizar um aporte na varejista via ações. Contudo, “as conversas estão paradas”, segundo uma fonte de um banco credor.

Sem dinheiro em caixa nem crédito na praça, especialistas relatam que o estoque da Americanas não deve ultrapassar quatro meses, o que poderia precipitar a falência da companhia.

“Se não houver reabastecimento, vários itens começam a faltar, mesmo antes desse prazo”, afirmou Eugênio Foganholo, sócio da Mixxer Desenvolvimento Empresarial.

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Fábio Sobreira, analista chefe da Harami Reserch, destacou que as incertezas em relação aos prazos estão diretamente ligadas às “inconsistências contábeis” apresentadas no balanço da Americanas e a falta de credibilidade dos dados.

“Se o balanço está todo errado, como o próprio Sérgio Rial diz, nós entendemos que tudo o que vemos no balanço são apenas números jogados ao vento”, comenta o especialista sobre ao ver a situação da Americanas.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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