Ambev (ABEV3): crise da Americanas (AMER3) vem refletindo na fabricante de bebidas
No dia 11 da janeiro, a Americanas havia divulgado “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões. Desde então, o mercado vem observando os passos seguintes da varejista. Empresas como a Ambev também passaram a sofrer reflexos desse momento turbulento.
Desde quando a Americanas revelou o rombo bilionário, as ações da Ambev apresentaram queda na bolsa de valores. No dia 10 de janeiro, as ações da empresa estavam sendo cotadas a R$ 14,54. Já no dia 30, os ativos valiam R$ 13,53.
Segundo apurado pelo Estadão, a volatilidade nas ações representa uma desconfiança do mercado com seu controlador, e não com a empresa.
A Ambev faz parte da AB Inbev, companhia que tem como acionista a empresa de private equity 3G Capital, fundada pelo trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Os três bilionários adquiriram a Americanas em 1982.
Em relatório, analistas do Credit Suisse alegam que, mesmo que o caso da Americanas tenha causado dúvidas aos investidores da fabricante de bebidas, são “injustificadas” essas preocupações.Os analistas citam a Ambev como uma forte geradora de fluxo de caixa livre (FCF), com uma dinâmica sólida de capital de giro.
Em relatório, o Goldman Sachs diz que a incerteza que ronda a varejista “pode continuar a pesar” sobre os ativos da Ambev, “já que o próximo curso de ação não é claro”.
Após reportar “inconsistências contábeis” bilionárias, a Americanas deu entrada no processo de recuperação judicial, em 19 de janeiro. A varejista alegou ter R$ 800 milhões em caixa e dívidas de R$ 43 bilhões.