Rodrigo Maia é acusado de três crimes pela PF em Operação Lava Jato

A Polícia Federal atribuiu nesta segunda-feira (26) ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro. As investigações envolvendo os parlamentares fazem parte da Operação Lava Jato.

Conforme o relatório da PF, Rodrigo Maia recebeu e solicitou repasses da Odebrecht. O vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (DEM-RJ), pai do deputado, também foi acusado de cometer os mesmos crimes.

A apuração foi estimulada pela delação de Luiz Eduardo da Rocha Soares, delator da empreiteira.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, estabeleceu um prazo de 15 dias para que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decida se apresentará a denúncia contra Maia.

Acusações contra Rodrigo Maia

A delação da empreiteira, responsável pelas investigações envolvendo Maia, indica que o deputado federal teria recebido R$ 350 mil nas eleições de 2010 e 2014. Na planilha da empresa, Maia é identificado como “Botafogo”.

Conforme divulgado pela PF, Rodrigo Maia e Cesar Maia teriam praticado o crime eleitoral de “Caixa 3”.

Isso ocorreu pois os parlamentares apresentaram somente informações de cunho estritamente formal sobre as doações que receberam. No entanto, o doador era o Grupo Odebrecht, já investigado na operação.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/06/1080X250.png

O relatório indica que o delator da companhia foi Luiz Eduardo da Rocha Soares. Segundo ele, as doações de caixa 3 ocorreram por conta da necessidade da Odebrecht de realizar doações oficiais, não vinculadas ao seu nome.

Além disso, a PF relata que em setembro de 2010, os parlamentares cometeram corrupção passiva ao receber cerca de R$ 100.000,00 do Grupo Odebrecht.

A doação ocorreu por meio de empresas parceiras, como o Grupo Petrópolis (Cervejaria Itaipava) e as distribuidoras Leyroz de Caxias e Praiamar Distribuidora.

BTG Pactual na Operação Lava Jato

A Polícia Federal iniciou na última sexta-feira (23) buscas nas sedes do banco BTG Pactual em mais uma etapa da Lava Jato.

Saiba mais: BTG Pactual cai 14,29% na bolsa após buscas da PF na Lava Jato

A investigação foi estimulada pela delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci.

Um dos objetivos da operação, é identificar a existência de corrupção envolvendo o BTG em um projeto na exploração do pré-sal na África, que pode ter causado prejuízo no valor de US$ 1,5 bilhões aos cofres públicos, aproximadamente R$ 6 bilhões.

A nova fase da Lava Jato foi nomeada de “Pentiti”, palavra em italiano que significa “arrependidos”.

Giovanna Oliveira

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno