Americanas (AMER3): Sindicato planeja primeira manifestação após rombo bilionário

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) planeja realizar, nos próximos dez dias, a primeira manifestação de rua para cobrar respostas da Americanas (AMER3) sobre a situação dos colaboradores diante da crise da empresa.

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O ato sindicalista com relação à Americanas deverá ocorrer na cidade do Rio de Janeiro, onde fica a sede da varejista.

A companhia, que entrou em recuperação judicial na semana passada por conta de dívida superior a R$ 40 bilhões, é um dos maiores empregadores do País.

Ao todo, são 45 mil trabalhadores diretos e cerca de 1.800 lojas físicas.

Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, as manifestações devem começar inicialmente no Rio e depois se espalhar por várias capitais.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (25) durante reunião da entidade para formular as premissas de seu congresso, marcado para 8 e 9 de maio.

Patah diz que a intenção é provocar a companhia para apresentar medidas que atenuem os prováveis desdobramentos da crise sobre os trabalhadores.

Procurada, a Americanas afirmou ter “mais de 40 mil colaboradores em todos os estados do país” e que “se mantém comprometida com a transparência e as obrigações trabalhistas, como prevê a legislação”.

“A companhia segue na construção de plano estratégico de otimização dos recursos para que decisões que garantam a sua sustentabilidade tenham efeitos em curto prazo. Entende, ainda, que é comum que haja reestruturação e reforça que manterá todos os seus colaboradores e públicos de interesse informados”, disse, em nota, a Americanas.

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BTG reverte decisão no STJ e mantém bloqueio de R$ 1,2 bilhão da Americanas

O BTG Pactual (BPAC11) conseguiu na noite desta quarta-feira, 25, uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para manter o bloqueio de R$ 1,2 bilhão de recursos retidos da Americanas (AMER3), segundo decisão assinada pelo ministro Og Fernandes.

O banco entrou com o recurso no STJ na noite de terça-feira, após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ter derrubado a liminar que permitia ao banco manter o dinheiro bloqueado da Americanas.

O BTG havia obtido uma liminar anteriormente que permitia reter os valores, que haviam sido utilizados para compensar débitos após o banco declarar o vencimento antecipado de dívidas da varejista. A liminar do BTG permitia a retenção dos recursos até que o mandado de segurança pedido pelo banco fosse julgado pela Justiça do Rio.

A Justiça do Rio tinha suspendido nesta terça-feira (24) o bloqueio de recursos da Americanas (AMER3) pelo BTG.

O desembargador Flávio Horta Fernandes tinha fundamentado a decisão de suspender o bloqueio de recursos da Americanas citando o art. 49 da Lei nº 11.101/05. Na legislação, estabelece-se que “estão sujeitos à Recuperação Judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos, bem como as obrigações anteriores observando as condições originalmente contratadas ou definidas em lei”. 

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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