Acordo entre Mercosul e EFTA deverá ser ratificado até 2021
De acordo com o ministro suíço da Economia, Guy Parmelan, o acordo de livre comércio entre Mercosul e EFTA, concluído na última sexta-feira (23), deverá ser ratificado no “mais tardar” em 2021. A Associação de Livre Comércio (EFTA) é formada pela Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
“O acordo estará sujeito a revisão legal nos próximos meses. A assinatura do acordo deve ser possível até o final do ano ou início do próximo ano. O processo de aprovação parlamentar será então retomado imediatamente para que a Suíça possa ratificar o acordo até 2021, o mais tardar”, disse o ministro em comunicado à imprensa sobre o acordo Mercosul e EFTA.
Parlaman além de celebrar, destacou que o tratado beneficiará os países da associação a médio prazo.
“A Suíça já exporta mercadorias no valor de cerca de 3,6 bilhões de francos por ano (aproximado R$ 15 bi) para os países do Mercosul. A médio prazo, o acordo beneficiará mais de 96% dessas exportações de concessões alfandegárias, com cerca de 95% totalmente livres de impostos”, completou Guy.
Da mesma forma, o presidente da República, Jair Bolsonaro, celebrou em sua conta no Twitter o acordo. O mandatário reconheceu os ministros que estiveram nas negociações e classificou a última sexta como “grande dia!”.
– Concluímos hoje as negociações do Acordo de Livre Comércio entre MERCOSUL e EFTA (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), que tem PIB de US$1,1 trilhão e é o 9° maior ator comercial do mundo. Mais uma grande vitória de nossa diplomacia de abertura comercial. ???
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 23, 2019
Acordo entre Mercosul e EFTA
Para os 4 países da Europa, o acordo é essencial para ter o mesmo nível de preferências de empresas da União Europeia. Os países da EFTA importam aproximadamente US$ 400 bilhões anualmente, valor acima do gerado pelo Mercosul.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o acordo coloca o Brasil em direção a uma inserção internacional da indústria e da economia brasileira. Com o acordo, o Brasil deverá que se comprometer com a proteção da Amazônia e da biodiversidade.
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Na perspectiva da CNI, caso o acordo entre em vigor, o Brasil dará mais um passo em seu novo rumo político comercial. Isso porque o País já teve uma grande investida em junho ao firmar acordo com a União Europeia por meio do Mercosul.